Trinta e duas pessoas foram presas nos dois últimos meses do ano passado com o uso da tecnologia de reconhecimento facial, que utiliza câmeras de monitoramento, como as que estão em ônibus e prédios públicos. A identificação é feita por meio de inteligência artificial, que a partir da “leitura” dos rostos das pessoas, localiza a presença de criminosos, dos que possuem mandado de prisão em aberto ou estão foragidos.
O projeto piloto foi lançado em setembro do ano passado pelo governo do Estado. E nos meses de novembro e dezembro as centrais de monitoramento começaram a receber os alertas de identificação, o que permitiu chegar à localização destas pessoas.
A maioria dos casos foi por roubo e tráfico, mas há situações de homicídio. Entre os 32, alguns foram detidos por mais de um tipo de crime, e ao todo foram cumpridos 45 mandados de prisão. Veja a lista:
- Roubo - 10
- Tráfico de Entorpecentes - 9
- Homicídio Qualificado - 2
- Roubo Qualificado - 2
- Ameaça - 3
- Estupro de Vulnerável - 2
- Ocultação de Cadáver - 1
- Corrupção de Menores - 2
- Falsa Identidade - 2
- Receptação - 2
- Homicídio - 2
- Casa de Prostituição - 1
- Violência Doméstica e descumprimento de medida protetiva - 1
- Posse irregular de arma de fogo - 2
- Lesão corporal - 1
- Pensão alimentícia - 2
- Estupro - 1
A maioria dos aprisionamentos foi realizada por setores da Polícia Civil. Mas houve ações da Polícia Militar e da Guarda Municipal.
- Polícia Civil - 23
- PMES - 8
- Guarda Municipal de Cariacica - 1
São dados, segundo o secretário de Estado da Segurança, Leonardo Damasceno, que mostram que o projeto, ainda na fase de testes, vem sendo bem sucedido. “Estamos nos preparando para aumentar o número de licenças para utilização de novas câmeras”, relata.
Na prática, ao identificar alguém com mandado de prisão em aberto, o sistema emite um alerta para uma equipe da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), que vai analisar as informações e enviar o comunicado para equipes realizarem a abordagem.
De acordo com Damasceno, a Secretaria se prepara também para avançar no uso de tecnologias embarcadas nas viaturas, como câmeras que vão ajudar a fazer a leitura das placas de carros, com foco nos furtos e roubos.
Um reforço ao que já é feito pelo Cerco Integrado e Inteligente, lançado em 2022, e que utiliza inteligência artificial para o monitoramento veicular.
As viaturas também vão ter acesso a informações biométricas permitindo identificar com mais rapidez os condutores, principalmente nos casos em que a pessoa não transporta o documento.
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