Já ouviu a expressão “Entendeu ou quer que eu desenhe”? Na vida íntima conjugal, muitas pessoas se sentem assim. Acredito que é por falta de comunicação e não por falta de informação, pois hoje em dia, na era da Internet, a informação está disponível a todos. Mas nem é tão difícil assim de entender.
De uma forma bem resumida vou tentar explicar o porquê disso, lembrando que para toda a regra há uma ou outra exceção. Na verdade, essa não será uma regra, mas uma dica para a reflexão de vocês. Vamos separar perfis mais comuns: homens que amam sexo (a maioria, mas nem todos) e mulheres que não curtem tanto (também existem as apaixonadas por sexo).
Em geral, as pessoas apaixonadas por sexo pensam em sexo 24 horas, sentem uma maior necessidade de ter relação para se sentirem bem, ficarem mais calmas, seguras e tranquilas. Se estão felizes, têm relação sexual para comemorar. Se estão tristes transam para se consolar. O sexo acontece na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença. O que essas pessoas querem é fazer sexo. Nessa fase de tragédias que estamos vivendo, então, muitos necessitam de sexo para se sentirem confiantes. Enquanto outras pessoas nem conseguem pensar nisso diante de tamanha tristeza. O que acontece é que, muitas vezes, não há um parceiro ou parceira com o mesmo perfil. Acredito que por um “equilíbrio social”, algumas pessoas casam com o perfil sexual oposto. E depois do casamento começam a surgir os problemas.
Só que muitas vezes é só uma questão de conversa com a pessoa com a qual você se relaciona. Uma grande sacada é acordar a frequência sexual para não haver pequenos e grandes constrangimentos. E é válido ressaltar que trata-se de um acordo e não uma imposição. Outra dica é falar abertamente sobre os sentimentos e desejos. Mas sem cobrança, de forma tranquila, cuidando até do tom de voz. Existem pessoas que se encantam sexualmente quando o outro participa das atividades domésticas (incrível, mas é verdade), que se excitam quando são bem tratadas e respeitadas.
Com tanta coisa acontecendo, realmente, muitas pessoas se sentem aflitas e abaladas. Por isso necessitam ser estimuladas e seduzidas, e esse processo deve se iniciar pela manhã, bem antes de irem para a cama, e continuar depois. Aliás, aí vai um conselho meu: se você deseja ter uma vida sexualmente plena, esse cuidado com o que o outro deve ser constante.
Há quem goste da “pegada”, e ela é realmente importante, mas se não há respeito pelo espaço e pelos sentimentos alheios, você corre o risco de receber um "não". Por isso, antes de partir para ação, se dedique em equilibrar a pessoa, emocionalmente falando. Com certeza ela irá te olhar com outros olhos e ceder a sua pegada. Pessoas sensíveis a tragédias precisam de carinho e acolhimento para se de sentirem amadas e, consequentemente, terem a resposta sexual que o outro precisa.
Outra dica: diante de questões emocionais trágicas, não se preocupe tanto em sensualizar, mas em apoiar e compreender. É preciso aprender a respeitar o tempo e a necessidade de cada um. Não ignore, nem deixe de conversar sobre a intimidade nesse momento. Fale abertamente o que necessita e deixe a outra pessoa falar também. Pode ter certeza, isso fará toda a diferença. Parece simples, mas, na prática, não é. Quem consegue, relata que é uma dica valiosa e que realmente é possível equilibrar a sexualidade dessa forma. O que os homens precisam entender é que as mulheres, de uma forma geral, desejam amor e carinho. E o que as mulheres precisam entender é que eles precisam de respeito. Entendeu ou quer que desenhe?
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