O sexo pode ser “marigold”, principalmente se rolar aquela química gostosa, desejo e excitação das duas partes. O contato mão na mão, boca na boca, mão naquilo, boca naquilo e aquilo na boca, o famoso 69, pele com pele, que nada mais é do que as conhecidas preliminares... Pra muitas pessoas essa é a principal fase da relação sexual. Eu, particularmente, acho que isso já é sexo. Preliminar é o bom dia, café na cama, uma mensagem gostosa, um jantar a dois, um abraço despretensioso, uma ida ao cinema, uma música boa, um presentinho, e por aí vai.
O que precisamos entender é que muitas pessoas encontram no orgasmo um alívio de tensões, mas para muitas pessoas isso não é o ideal. Para muitos, o sexo ideal é aquele em que conseguimos despir a alma, onde a penetração não é o mais importante, mas sim a presença de todo o corpo, onde estão presentes o estímulos de todos os sentidos. O melhor sexo é aquele sem pressa, sem objetivo, mas cheio de entrega, onde se estimulam as zonas erógenas de todo corpo, um prática onde as pessoas em questão saem da superficialidade das relações sexuais e se aventuram em uma deliciosa viagem de aprofundar em si e no outro.
Nada mais é do que estabelecer uma conexão com você mesmo, e depois com a outra pessoa, sem ficar “preso” a experiência genital, pois o sexo ideal rompe essa fronteira. Aqui ocorre uma troca saudável de energia, sem obrigatoriedade, mas por puro prazer, onde a prioridade é a conectividade de corpo, alma e espírito, e o orgasmo vem como consequência de toda essa experiência. Muitas pessoas conhecem essa prática como sexo tântrico, mas para outros é apenas qualidade de vida sexual. E para quem não conhece vou deixar 5 dicas para se ter um sexo além do orgasmo:
. Foque no desejo: antes de iniciar a relação, crie uma conexão de corpo, alma e espírito, sinta seus desejos e perceba os que mais excitam, trate o sexo como algo sagrado;
. Olho no olho: se permita uma troca de olhares, por um minuto ou dois, pois aí que se inicia o processo de se despir a alma, os olhos são a “janela” para se iniciar o processo, e a partir daí que se estabelece a conexão emocional;
. Toque: esse é o momento do contato físico, se inicia pelo abraço, quando as bocas se tocam, onde se estimulam as zonas erógenas de todo o corpo, é nessa hora que se libera ocitocina, hormônio do amor que aumenta a sensação de bem-estar e prazer;
. Conectividade: já é possível encontrar um momento de conexão de corpos e almas, a excitação é intensa, a comunicação visual e emocional é fluída, e a respiração precisa ser controlada para não ficar ofegante, por isso vale a pena procurar respirar mais profundamente;
. Prazer intenso: agora sim, depois de estimular os cinco sentidos, é necessário conectar-se emocionalmente, se entregar aos desejos, ao amor e ao sexo. Não importa o orgasmo, mas, sim, o prazer. E caso o orgasmo aconteça não pare por aí, lembre se que tem alguém com você que talvez não tenha chegado lá ainda. Sexo não acaba com o orgasmo, mas sim quando os dois tem um.
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É importante entender, no entanto, que não há obrigatoriedade de se dar ou se ter o prazer, mas de se estimular e permitir o prazer e, mais que isso, querer ter prazer. Como diria Mário Quintana, “abraçar é dizer com as mãos o que a boca não consegue, porque nem sempre existe palavra para dizer tudo.” Por uma vida com mais abraços, olhares, amor e orgasmos.
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