Eu pergunto: "Como anda o desejo?" E você: "Desejo!? Oi?" Entendi. Desejo mesmo você só tem de dormir, né? Vive cansada, cheia de contas para pagar, corre feito louca no trabalho e quando chega em casa ainda tem que organizar as tarefas domésticas e cuidar dos filhos, roupa, e juntar os brinquedos espalhados pra todo lado. E o sexo? E você pensa: "Hoje tô morta, outro dia penso nisso”
Bem, foi por conta dessa rotina agitada que consegui identificar o problema de muitas pessoas. Bem, vamos começar tentando entender essa palavra tão desejada ultimamente: o DESEJO. O desejo é um termo usado para descrever o movimento ou impulso sexual de um homem ou mulher.
Antigamente, a maioria das pessoas procurava os consultórios em busca de orgasmo. Hoje, esse quadro tem mudado, a busca principal é pelo desejo sexual, suprimido pela ausência de tempo e a correria do dia a dia - ou mesmo a rotina entediante. Melhorar a vida sexual das pessoas - casadas, pais/mães de família e que trabalham o dia todo é um grande desafio.
Além disso, uma reportagem da ISTO É, escrita por Mônica Tarantino e Michel Alecrim - com base em uma pesquisa da pisquiatra Carmita Abdo, criadora do Programa de Estudos em Sexualidade da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - mostra que uma em cada duas mulheres brasileiras sente que seu desejo sexual não é tão intenso quanto ela gostaria, não fica tão excitada quanto esperava ou enfrenta dificuldades para chegar ao orgasmo.
Fisiologicamente falando, existe certa dificuldade de se estimular o desejo feminino, porque ainda não temos um comprimido pra tomar e fazer "brotar" o tesão. Isso seria ótimo, mas a realidade é bem diferente. De uma forma metafórica vou explicar como isso se dá. Em nosso organismo existe uma substância ligada ao desejo sexual – a testosterona (hormônio masculino) - presente em grandes quantidades no organismo masculino. Esse hormônio, que comanda a vontade de fazer sexo, é pouco presente no organismo feminino. Já o estrógeno (hormônio sexual exclusivamente feminino), atua apenas como um "facilitador". E quando a mulher está no período fértil, às taxas desses hormônios se elevam, o que favorece o desejo e a possibilidade de sexo e fecundação.
Uma pesquisa realizada com 314 pessoas da região Vitória revelou que:
. 14,6% não conhecem bem seu órgão sexual;
. 25,2 % não conseguem orientar o parceiro(a) a tocar seu órgão sexual;
. 40,4% sempre sentem vontade de ter relação sexual;
. 47,8% sentem vontade só às vezes;
. 11,5% afirmam que são raras as vezes; e
.0,3% nunca sentem vontade.
Ou seja, precisamos saber que o desejo sexual é variável de pessoa pra pessoa. E ele sofre influência dos acontecimentos da vida e dos relacionamentos. Portanto, para quem está com baixa do desejo, vale a pena pensar no ato sexual, planejar, estimular mentalmente e desejar, para - aí sim - poder executar.
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Investir em um lingerie legal, perfumes, cuidados com o corpo, cosméticos de bem estar para o casal... São pequenas ações que podem despertar o próprio desejo, porque muitas pessoas só se sentem “empoderadas” e sedutoras com uma motivação externa. E caso seu parceiro(a) ande desaminado, vale a pena pedir ou dar a ideia de fazer algo diferente. Aliás, mesmo que você não curta muito certas coisas vale investir tentar agradar o outro. Afinal, faz parte de nossa felicidade fazer feliz quem a gente ama.
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