No último final de semana participei, em Recife, da assembleia extraordinária da arbitragem para a criação da Federação Nacional dos Árbitros de Futebol. Os sindicatos do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Ceará e São Paulo aprovaram a criação da federação e firmaram acordo para uma radical mudança nos rumos da arbitragem brasileira.
Daqui em diante a categoria ganha legitimidade para brigar por seus direitos. Junto a isso, foi anunciada pelo presidente Salmo Valentin a contratação da advogada Gislaine Nunes, que ganhou notoriedade ao desafiar e vencer na justiça clubes e a CBF em relação a conquistas de direitos e à liberação dos atletas profissionais em relação à lei do passe.
A entidade já entrou com pedido de liminar sobre os direitos de imagem e de arena com pagamento retroativo de dez anos para os árbitros brasileiros. Na assembleia estiveram representados 26 estados do país e todas as deliberações foram aprovadas por unanimidade. Na ocasião, fui convidado para participar da equipe de formulação do projeto de gestão da arbitragem brasileira.
O árbitro Anderson Daronco afirmou em entrevista ao Esporte Espetacular que a arbitragem brasileira hoje é uma das melhores do mundo e que ele, assim como os demais árbitros, são maltratados dentro de campo, mas fora dele é tratado como ídolo.
Segundo ele, os mesmos torcedores que o xingam da arquibancada pedem fotos e autógrafos quando o encontram pessoalmente. Até porque xingar o Daronco frente a frente não é uma boa ideia. Quanto a nossa arbitragem ser uma das melhores do mundo, o fortão pegou pesado. Estamos longe disso.
Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.