A vitória do Vasco por 2 a 1 sobre o Athletico-PR, em São Januário - jogo de ida das quartas de final Copa do Brasil - foi mais quente, como já era esperado.
O árbitro Ramon Abatti (SC) teve um bom trabalho, distribuindo sete cartões amarelos e dois vermelhos em um jogo de mais de 30 faltas, mantendo o controle disciplinar da partida que também não teve as reclamações e simulações habituais.
Bahia x Flamengo
O jogo entre Bahia e Flamengo pela Copa do Brasil - Flamengo 1 a 0 - mostrou que quando os jogadores resolvem apenas jogar bola sem reclamações e simulações, o futebol fica muito mais bonito. O árbitro Raphael Claus aplicou apenas um cartão amarelo e marcou apenas 23 faltas em um jogo movimentado e muito bem jogado.
Caso Izquierdo gera reflexão: e se fosse com um árbitro?
A morte do jogador uruguaio Juan Izquierdo, que teve um mal súbito dentro de campo jogando no Morumbi contra o São Paulo em jogo válido pela Libertadores, e a internação do técnico Tite, na mesma semana, trazem uma reflexão sobre a situação dos árbitros de futebol brasileiros no caso de sofrerem um ataque cardíaco, por exemplo, dentro de campo.
Considerando que os árbitros não têm nenhum vínculo empregatício com as federações estaduais e muito menos com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), sendo apenas meros prestadores de serviços, como ficaria a situação em um caso desses?
Os árbitros não estão isentos dessa possibilidade, já que são submetidos a rigorosos testes físicos e enfrentam enormes cargas de estresse durante os jogos. O descaso é enorme, pois em um caso desses, certamente federações e CBF lavarão as mãos, já que até o seguro de vida os árbitros têm que pagar do próprio bolso. As entidades de futebol exploram essa mão de obra, mas relutam há anos a profissionalizar e cuidar com respeito desta importante categoria.
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