Algumas curiosidades chamaram à atenção nas duas últimas rodadas do Brasileirão. Primeiro, a escalação do árbitro Ramon Abatti para duas partidas em menos de 48 horas. Ele apitou a vitória do Cruzeiro sobre o Goiás, na segunda-feira (27), em partida válida pela 35ª rodada, e também comandou a vitória do Atlético-MG em cima do Flamengo, nesta quarta-feira (29).
A escala da Comissão Nacional de Arbitragem, a meu ver, colocou em risco a atuação do árbitro nos aspectos físico e mental. Os jogos nessa reta final do campeonato são extremamente nervosos e de muita pressão, e é desnecessário expor o árbitro a isso já que tem vários outros que poderiam ser escalados.
Aliás, o jogo entre Botafogo x Fortaleza foi adiado porque não respeitaria intervalo de 66 horas entre duas partidas. A pergunta que fica é: se o intervalo vale para os jogadores porque não vale para os árbitros?
O segundo destaque foi a arbitragem do pernambucano Rodrigo José Pereira de Lima, que na minha opinião é o melhor árbitro do campeonato brasileiro nessa temporada. Ele atuou no empate entre Coritiba e Botafogo. Duas expulsões corretas ainda no primeiro tempo, sendo um jogador de cada equipe por entradas violentas e um pênalti muito bem marcado para o Botafogo nos acréscimos do segundo tempo. Mas o time carioca acabou sofrendo o empate. Ou seja, o Botafogo sendo Botafogo.
Possível nova regra
A notícia da semana foi a possibilidade que a International Board, instituição que autoriza as.mudanças nas regras do futebol, está estudando implantar a expulsão temporária, que vale para jogadores que reclamarem da arbitragem. O jogador ficaria dez minutos fora do jogo como punição.
Considero essa medida uma vergonha para a autoridade do árbitro, visto que a regra já determina que o jogador que protestar contra a arbitragem deve ser advertido e expulso de campo se persistir. Então é só aplicar a regra que já existe ao invés de criar medidas paliativas como essa.
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