Árbitro capixaba com maior número de atuações nacionais e internacionais, especializado em gestão esportiva,e que atuou em dez finais do Campeonato Capixaba, além de partidas das séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro.

Árbitro precisou da "muleta do VAR" para aplicar expulsão clara em clássico

O zagueiro João Victor, do Vasco, foi expulso justamente no duelo contra o Flamengo. Triste foi o juiz ter precisado do árbitro de vídeo para tomar a decisão

Publicado em 03/06/2024 às 10h12
João Victor foi justamente expulso após entrada desleal em De La Cruz
João Victor foi justamente expulso após entrada desleal em De La Cruz. Crédito: Thiago Ribeiro/Agif

Na goleada do Flamengo sobre o Vasco no Maracanã, a justiça foi feita no placar e no lance da expulsão do zagueiro cruz-maltino João Victor. Na realidade, a regra 12 do futebol diz que em qualquer entrada (carrinho) por trás o árbitro deve aplicar o cartão vermelho direto pelo entendimento de que esse tipo de intervenção coloca em risco a integridade física do jogador adversário que, por receber uma entrada por trás, não teria chance de se defender.

Apesar dessa orientação, o árbitro Bráulio Machado aplicou somente o cartão amarelo no jogador vascaíno, após uma entrada no meia De la Cruz, do Flamengo, sendo necessária a intervenção do VAR para que a justiça fosse feita e o João Victor fosse expulso. O árbitro brasileiro continua usando o VAR exageradamente em lances em que basta aplicar a regra com coragem e personalidade.

A incoerência da “Justiça” Desportiva no Espírito Santo

Recentemente, na reta final do Campeonato Capixaba 2024, acompanhamos um fato lamentável envolvendo o jogador Neguete, que na época defendia o Rio Branco, quando este invadiu uma entrevista ao vivo na transmissão da partida pela televisão ao final de um jogo válido pela competição e falou claramente que o árbitro da partida deveria sair preso do estádio, ofendendo a honra e a dignidade da maior autoridade no campo de jogo, sem se preocupar com a repercussão desse ato dito em um veículo de comunicação.

Pois bem. Ele foi julgado e condenado a seis jogos de suspensão, o que o tiraria das finais do campeonato. Mas após uma onda de recursos, ele jogou normalmente e continua jogando como se nada tivesse acontecido, ou seja, não foi punido.

Mas agora, vejam todos, a mesma justiça agiu com rigor e foi implacável ao punir por unanimidade o gândula Samuel Richard da equipe do Real Noroeste com 30 dias de suspensão no Campeonato Estadual sub-20, certamente porque demorou a repor a bola em jogo.

Dito isso, como acreditar em uma justiça que se omite em casos graves de ofensa que teve repercussão nacional e pesa a mão em outros sem a menor importância? Qual exemplo e qual ensinamento a sociedade e o segmento esportivo tiram disso? Eu respondo: A famosa impunidade que assola a sociedade continua sendo praticada contra os mais fracos enquanto finge que pune quando deveria dar exemplo.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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