Começamos hoje aqui na coluna a série “Árbitros brasileiros que apitaram em Copas do Mundo”. Afinal é ano de Copa e é impossível não pensar em um dos principais eventos esportivos do mundo. E nesta quinta-feira (21) iniciamos pelo lendário Armando Marques.
Armando Marques apitou várias decisões do Campeonato Brasileiro: 1962, 1963, 1964, 1964,1965 e 1966, o jogo-desempate das finais de 1967 (Taça Brasil), o jogo decisivo de 1969 e as decisões de 1971 e 1974. Além disso, apitou as finais dos Campeonatos Cariocas de 1962, 1965, 1968, 1969 e 1976, dos Campeonatos Paulistas de 1967, 1971 e 1973, e do Campeonato Mineiro de 1967.
O desempenho nos gramados brasileiros o levou finalmente à Copa do Mundo. Em 1966, na Inglaterra, Armando arbitrou Alemanha Ocidental 2 x 1 Espanha, e foi segundo assistente no jogo Uruguai 2 x 1 França, em 20 de julho.
Já em 1974, na Alemanha, ele apitou Iugoslávia 0 x 2 Alemanha Ocidental, no dia 26 de junho. Neste mesmo Mundial, Armando Marques foi o primeiro assistente em outras duas partidas: Alemanha Oriental 1 x 0 Alemanha Ocidental, em 22 de junho, e Polônia 2 x 1 Iugoslávia, em 30 de junho, além de segundo assistente na vitória da Itália por 3 a 1 sobre o Haiti, no dia 15 de junho daquele ano.
Armando foi um árbitro muito polêmico e corajoso. Foi o único que expulsou Pelé de campo em competições nacionais. Considerado um dos melhores árbitros do futebol brasileiro enquanto esteve em atividade, era amado e odiado pelos torcedores e jogadores, e ficou conhecido por erros históricos que cometeu.
Em um lance marcante, anulou um gol de Leivinha, do Palmeiras, ao assinalar que foi com a mão, em jogo contra o São Paulo que decidiu o Campeonato Paulista de 1971. Entretanto, as imagens mostraram que o gol foi marcado com a cabeça. O São Paulo vencia por 1 a 0, resultado que se manteve até o fim e deu o título ao clube do Morumbi.
APÓS A CARREIRA
Ao encerrar a carreira no futebol, sua popularidade o levou a apresentar um programa de auditório na extinta TV Manchete (emissora da qual ele já também fora comentarista de arbitragem), em 1993. Havia um quadro em que ele contava e admitia alguns erros que cometeu durante sua carreira.
De 1997 a 2005, comandou a Comissão Nacional de Arbitragem da CBF. Foi quando deu a primeira oportunidade na minha carreira, me escalando em um jogo nacional - depois me escalou em vários jogos importantes da Série A do Campeonato Brasileiro.
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Seu Armando, como era chamado pelos árbitros, morreu em 16 de julho de 2014, no Rio de Janeiro, por insuficiência renal e deixou um legado importante para a arbitragem brasileira.
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