Diante do confuso calendário do futebol brasileiro, devido à pandemia do coronavírus, o Campeonato Brasileiro, que normalmente terminaria no início de dezembro de 2020, foi estendido até fevereiro de 2021 e trouxe a tona a dura realidade que os árbitros brasileiros enfrentam no dia a dia. Agora, menos de uma semana depois das principais e decisivas rodadas, já começaram os campeonatos estaduais e torneios regionais, ainda com a expectativa de recomeçar em breve as Séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro.
Em relação aos jogadores, há uma legislação que obriga o gozo de férias, tanto é que os clubes estão disputando as competições com atletas da base justamente para respeitar esse merecido descanso. Mas, e os árbitros? Esses já estão em campo desde o ano passado em viagens longas, sejam aéreas ou terrestres, expondo-se ao cansaço e ao contágio da Covid-19 e já se submeteram este ano a mais um teste físico duríssimo para comprovar capacidade para continuarem atuando. E tudo isso sem o devido acompanhamento profissional adequado.
Além disso, em caso de contusão, têm que bancar o próprio tratamento para voltar a trabalhar o mais rápido possível e não perder oportunidades de escalas. A Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (ANAF) tem trabalhado muito e por meio de seu presidente, o pernambucano Salmo Valentim, tem mantido uma boa relação com a cúpula da CBF. Nitidamente está conseguindo avançar em alguns aspectos importantes graças a sua seriedade e prestígio pessoal, tendo inclusive se posicionado publicamente sobre o questionável critério nas escalas dos árbitros nos campeonatos nacionais.
A meu juízo, a luta pela profissionalização parece ser a que melhor ajusta a situação dos árbitros brasileiros, que são os únicos amadores na caríssima estrutura do futebol profissional.
BOLA ROLANDO PELO BRASIL
E por falar em bola rolando, a novidade é que, nos campeonatos estaduais, regionais e a Copa do Brasil 2021 já em andamento, a única competição que está utilizando o recurso do VAR é o Campeonato Paulista e, coincidência ou não, é a única com várias polêmicas envolvendo as decisões dos árbitros. Já teve jogo do Paulistão parado por mais de 6 minutos para se chegar a uma conclusão. Parece que já vimos esse filme antes e tudo continua com o mesmo roteiro.
Aqui no Espírito Santo, o Rio Branco, de virada e com um jogador a menos desde o final do primeiro tempo, venceu o Sampaio Corrêa e se classificou para a segunda fase da Copa do Brasil com boa arbitragem do carioca Grazianni Rocha.
CURIOSIDADE DO DIA
- O que diz a regra: Na comemoração de um gol, um jogador deve ser advertido com cartão amarelo, inclusive se o gol for anulado, por:
- a) subir nos equipamentos de proteção do campo e/ou se aproximar dos espectadores de modo que cause insegurança;
- b) fazer gestos ou praticar ações provocativas, debochadas ou inflamatórias;
- c) cobrir a cabeça ou o rosto com máscara ou outro artigo semelhante;
- d) tirar a camisa ou cobrir a cabeça com a camisa.
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