Árbitro capixaba com maior número de atuações nacionais e internacionais, especializado em gestão esportiva,e que atuou em dez finais do Campeonato Capixaba, além de partidas das séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro.

Cartão vermelho para a discriminação na Copa do Mundo do Catar

Mundial é palco para diferentes tipos de manifestações por parte dos torcedores, mas Fifa não vai aceitar atos de racismo e outros tipos de preconceitos

Publicado em 24/11/2022 às 02h00
Torcedores do Irã fazem manifestação pela liberdade para as mulheres
Manifestação durante jogo da Copa do Mundo pede liberdade para a presença de mulheres na torcida em jogos de futebol no Irã. Crédito: Reprodução

Além do rigor com a recuperação do tempo perdido com a aplicação dos acréscimos, entre as fortes recomendações da Fifa na Copa do Mundo do Catar, através da comissão de arbitragem, está a tolerância zero com qualquer ato de discriminação ou racismo vindo dos jogadores ou das torcidas.

A determinação é de que, havendo algo do tipo, a partida deve ser imediatamente paralisada e as providências tomadas no sentido de coibir tais atos. A Fifa tem feito esse trabalho com muito cuidado para não tornar a Copa palco de manifestações descabidas, em um país que tem suas próprias leis. Mas também não vai tolerar nada que fira os direitos humanos.

Essa face da competição nem sempre é percebida pelo torcedor, pois tenho visto e ouvido algumas manifestações de brasileiros insatisfeitos com a desempenho técnico de algumas seleções nessa primeira fase da Copa do Mundo.

As cobranças, próprias de torcedor, esquecem — ou não conhecem — a grandeza da competição, que vai além da disputa dentro de campo. A união e a integração dos povos que só o esporte promove de forma tão intensa é a grande finalidade da competição.

Para a Fifa pouco importa quem vencerá a competição dentro de campo, mas sim aquilo que vai impactar levando em conta as grandes questões da humanidade. Diretos humanos é a bola da vez na edição desse ano no Catar, haja vista as manifestações — pacíficas, diga-se de passagem — que estamos assistindo nas arquibancadas por parte das mulheres que sofrem fortes discriminações e desrespeito aos seus direitos nos países da região que recebe a Copa do Mundo.

Definitivamente, é preciso entender a força de visibilidade e manifestação que o esporte exerce na vida das pessoas, e a pressão que pode fazer com essa exposição pública e mundial em um evento dessa magnitude.

A importância técnica ganha força nas fases seguintes nos jogos eliminatórios. Por enquanto, o protagonismo é do torcedor(a) que tem uma disputa muito mais importante em jogo. O futebol é direito de todos!!!

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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