Além do rigor com a recuperação do tempo perdido com a aplicação dos acréscimos, entre as fortes recomendações da Fifa na Copa do Mundo do Catar, através da comissão de arbitragem, está a tolerância zero com qualquer ato de discriminação ou racismo vindo dos jogadores ou das torcidas.
A determinação é de que, havendo algo do tipo, a partida deve ser imediatamente paralisada e as providências tomadas no sentido de coibir tais atos. A Fifa tem feito esse trabalho com muito cuidado para não tornar a Copa palco de manifestações descabidas, em um país que tem suas próprias leis. Mas também não vai tolerar nada que fira os direitos humanos.
Essa face da competição nem sempre é percebida pelo torcedor, pois tenho visto e ouvido algumas manifestações de brasileiros insatisfeitos com a desempenho técnico de algumas seleções nessa primeira fase da Copa do Mundo.
As cobranças, próprias de torcedor, esquecem — ou não conhecem — a grandeza da competição, que vai além da disputa dentro de campo. A união e a integração dos povos que só o esporte promove de forma tão intensa é a grande finalidade da competição.
Para a Fifa pouco importa quem vencerá a competição dentro de campo, mas sim aquilo que vai impactar levando em conta as grandes questões da humanidade. Diretos humanos é a bola da vez na edição desse ano no Catar, haja vista as manifestações — pacíficas, diga-se de passagem — que estamos assistindo nas arquibancadas por parte das mulheres que sofrem fortes discriminações e desrespeito aos seus direitos nos países da região que recebe a Copa do Mundo.
Definitivamente, é preciso entender a força de visibilidade e manifestação que o esporte exerce na vida das pessoas, e a pressão que pode fazer com essa exposição pública e mundial em um evento dessa magnitude.
A importância técnica ganha força nas fases seguintes nos jogos eliminatórios. Por enquanto, o protagonismo é do torcedor(a) que tem uma disputa muito mais importante em jogo. O futebol é direito de todos!!!
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