Árbitro capixaba com maior número de atuações nacionais e internacionais, especializado em gestão esportiva,e que atuou em dez finais do Campeonato Capixaba, além de partidas das séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro.

CBF age e enfim amplia a ferramenta do VAR em todas as divisões do Brasil

Os sucessivos erros de arbitragem nos campeonatos de acesso do futebol brasileiro levaram Confederação a implementar o árbitro de vídeo nas Séries B, C e D. Apenas a Primeira divisão já dispunha da tecnologia

Publicado em 26/07/2021 às 10h20
VAR
No Brasil, apenas a Séria A do Brasileirão contava com o árbitro de vídeo. Agora o VAR será ampliado para as séries B, C e D. Crédito: CBF/Divulgação

Após muita polêmica e protestos das equipes, a CBF confirmou que as Séries B, C e D do Campeonato Brasileiro contarão com a utilização do árbitro de vídeo (VAR) ainda nesta temporada. Com os custos totalmente arcados pela CBF, a Série B utilizará a ferramenta em todas as 190 partidas do segundo turno do Brasileirão.

Já nas Séries C e D, a implementação da tecnologia abrangerá as fases finais das duas competições, totalizando 26 e 14 jogos, respectivamente. A princípio, os próprios clubes não quiseram utilizar o VAR devido o alto custo da tecnologia, porém com o andamento da competição passaram a reivindicar à CBF a viabilização financeira para a utilização do recurso.

A série B reúne cinco clubes que já foram campeões brasileiros e a briga pelo acesso à série A esquenta a cada rodada. O grande questionamento agora está na falta de preparação dos árbitros para atuarem no VAR em todas as divisões. A operação do equipamento exige cursos e treinamentos que nem todos os árbitros possuem.

O ex-árbitro brasileiro Wilson Seneme está a ponto de ser demitido da presidência da comissão de arbitragem da Conmebol após conflitos nas últimas rodadas da Libertadores. Os vários erros na utilização do VAR na fase de oitavas de final da competição e a suspensão de vários árbitros e assistentes geraram desgaste no comandante da arbitragem sul-americana, que ainda resiste à pressão dos clubes argentinos pela sua demissão.

NAS OLIMPÍADAS...

No empate de zero a zero (0×0) da seleção brasileira com a Costa do Marfim, pelos Jogos Olímpicos de Tóquio, o jogador Douglas foi expulso no início do primeiro tempo por cometer falta na entrada da área do Brasil após um contra-ataque, impedindo uma oportunidade de gol do adversário. A regra diz que se a falta fosse dentro da área o jogador receberia apenas o cartão amarelo, pois como seria marcado o pênalti, ele não teria impedido a oportunidade de gol, afinal o pênalti é uma clara oportunidade, então bastaria o cartão amarelo. No caso da expulsão do jogador brasileiro Douglas, como não houve o pênalti, já que a falta foi fora da área, a arbitragem entendeu que ele impediu a oportunidade de gol e mostrou o cartão vermelho.

Brasil e Costa do Marfim, pela segunda rodada do futebol masculino
Brasil e Costa do Marfim, pela segunda rodada do futebol masculino. Crédito: Vitor Jubini

Uma polêmica extremamente delicada foi para as redes sociais após o primeiro jogo da seleção brasileira contra a Alemanha nos Jogos Olímpicos quando o jogador Paulinho, ao comemorar a marcação de um gol, fez um gesto de uma flechada em alusão a sua religião, o Candomblé. O jogador confirmou isso e sofreu vários ataques nas redes sociais em relação ao ato. A Fifa proíbe manifestações políticas e religiosas devido à enorme diversidade mundial e, com centenas de jogadores africanos, vários países europeus temem que a falta de uma punição por parte da Fifa abra caminho para extremismos religiosos. Há, ainda, o receio de que o comportamento do brasileiro seja repetido por muçulmanos que estão em vários clubes europeus hoje.

Tanto a Fifa quanto os europeus concordam que não querem a transformação do futebol em um palco para disputas religiosas, um tema sensível em várias partes do mundo. Mas, por enquanto, Comitê Olímpico e a Fifa não se pronunciaram sobre o assunto.

BRASILEIRÃO

Pela série A do Brasileirão, na goleada do Flamengo de cinco a um (5×1) sobre o São Paulo, dentro de campo foi tudo muito bem. Fora de campo, dirigentes e membros das comissões técnicas, mais uma vez chamaram a atenção de forma negativa. Uma confusão entre os oficiais das duas equipes no banco de reservas, resultou em duas expulsões que em nada acrescentam ao ótimo jogo dentro de campo. Em virtude disso, o árbitro mineiro Felipe Fernandes de Lima, que teve ótima atuação, exagerou muito nos acréscimos assinalando dez (10) minutos a mais em um jogo já definido, com um placar elástico e com os a ânimos alterados. Desnecessário.

Flamengo marca cinco vezes em 23 minutos, vira jogo e goleia São Paulo
Flamengo marca cinco vezes em 23 minutos, vira jogo e goleia São Paulo. Crédito: Marcelo Cortes / Flamengo

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Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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