A invasão de campo e as cenas de violência protagonizadas pelas torcidas de Coritiba e de Cruzeiro acendem uma luz vermelha nessa reta final do Campeonato Brasileiro. A briga para não cair para a Série B faz com que as torcidas organizadas se achem no direito de resolver o problema na base na agressão, como se isso fosse resolver a situação, quando, pelo contrário, só complica ainda mais pela possibilidade de duras punições para seus times.
A segurança de jogadores, árbitros e daqueles torcedores que vão ao estádio para ajudar seu time nessa reta final deve ser prioridade da CBF, que organiza a competição. Outra preocupação é a estrutura dos estádios para as últimas rodadas. Falo, inclusive, com conhecimento de causa, pois apitei a final do Campeonato Brasileiro da Série B entre Paraná e São Caetano, na Vila Capanema, palco da invasão em questão, e posso afirmar que o estádio é acanhado demais. O jogo aconteceu lá porque o estádio Couto Pereira está alugado para um show musical.
Da mesma forma, o Palmeiras e o São Paulo também estão jogando fora do Allianz Parque e do Morumbi, respectivamente, pelo mesmo motivo. No caso do jogo entre Coritiba e Cruzeiro, o árbitro aguardou um posicionamento do policiamento e retomou a partida jogando os seis minutos que faltavam, mas daqui para frente as autoridades não podem esperar o pior acontecer para colocarem desde já ações estratégicas preventivas na pauta principal do campeonato.
E o Gabigol?
E o Gabigol, que já foi destaque positivo como artilheiro no Brasileirão, hoje tem mais cartões amarelos do que gols na competição. Isso reforça a minha tese de que enquanto o jogador não aprender a se comportar em relação à arbitragem e às regras do jogo, só terá prejuízos.
Baseado nisso, tenho conversado com o capixaba campeão mundial pelo Internacional, Fabiano Eller, que está fazendo uma gestão extremamente profissional no Linhares sobre a importância dessa conscientização dos atletas para aumentar o rendimento da equipe dentro de campo.
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