Árbitro capixaba com maior número de atuações nacionais e internacionais, especializado em gestão esportiva,e que atuou em dez finais do Campeonato Capixaba, além de partidas das séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro.

Cenas lamentáveis em mais um triste fim de semana no futebol brasileiro

Assistimos de partida cancelada até invasão de campo em partidas das séries A e B do Brasileirão. Espero que medidas duras sejam tomadas

Publicado em 17/10/2022 às 02h25
Após gol de Raniel, torcida do Sport invadiu o campo e iniciou tumulto
Após gol de Raniel, torcida do Sport invadiu o campo e iniciou tumulto. Crédito: Paulo Paiva/Agif

Em um final de semana triste e lamentável para o futebol brasileiro, assistimos de partida cancelada até invasão de campo em partidas das séries A e B do Brasileirão.

Uma reação totalmente descabida da torcida do Sport após o gol de empate do Vasco marcou de forma negativa o bom jogo na Ilha do Retiro. Tudo começou com o excesso de reclamação, sem razão diga-se de passagem, dos jogadores do Sport após marcação de pênalti a favor do Vasco pelo árbitro Raphael Claus, com a ajuda do VAR no final do segundo tempo, já que o atacante Alex Teixeira, do Vasco, foi de fato derrubado pelo goleiro Saulo.

Com os ânimos já acirrados, o jogador Raniel, de forma irresponsável, foi comemorar o gol provocando a torcida do Leão que, em um ato de selvageria, invadiu o campo de jogo com paus e pedras para agredir os jogadores vascaínos e a arbitragem, o que resultou em uma briga entre alguns jogadores das duas equipes e na saída de campo dos jogadores do Vasco, que alegaram insegurança para continuar o jogo. De forma correta, esse também foi o entendimento do árbitro, encerrando o jogo antes da hora - o que pode resultar na vitória do Vasco pelo placar de 3 a 0 se o Tribunal entender que o Sport e sua torcida deram causa ao encerramento da partida. 

CONFUSÃO NO JOGO ENTRE CEARÁ E CUIABÁ

Já no jogo entre Ceará e Cuiabá, foi a torcida do time cearense que, após iniciar uma confusão na arquibancada, invadiu o campo para agredir os jogadores do próprio time, insatisfeitos com o desempenho deles dentro de campo, causando muita correria e desespero dos atletas.

O árbitro Caio Max encerrou a partida sem completar o tempo regulamentar por total falta de segurança para continuar o jogo, tomando a decisão correta o que, igual ao caso do jogo entre Sport e Vasco, o Tribunal pode decretar a vitória do Cuiabá por 3 a 0.

Um festival de amadorismo e irresponsabilidades de todos os lados em um final de semana lamentável no futebol brasileiro. Será que dessa vez serão tomadas medidas duras ou vamos continuar perdendo no eterno 7 a 1? 

GOIÁS E CORINTHIANS ADIADO

Além da incapacidade de se manter a ordem e a segurança nos estádios, é um absurdo a briga que adiou o jogo entre Goiás e Corinthians pela Série A do Brasileirão. Com a determinação dada pela Justiça Comum de que só a torcida mandante, ou seja, a do Goiás, poderia comparecer ao estádio da Serrinha, o Corinthians recorreu à Justiça Desportiva, que simplesmente cancelou o jogo que já tinha ingressos vendidos, voos marcados e toda estrutura montada para a partida.

Vale lembrar que pela regra e pelo regulamento da competição somente o árbitro pode decidir pelo adiantamento ou cancelamento de uma partida até cinco horas antes da partida, o que fez o STJD correr e acatar o pedido do Corinthians. Mais um imbróglio que vai dar muita discussão no tapetão, o que não é nada bom para nosso futebol. 

MAIS UMA MÃO POLÊMICA EM JOGO DO FLAMENGO

Com a bola rolando, depois do Corinthians sair de campo reclamando, com razão, de um pênalti não marcado contra o Flamengo por um toque de mão na bola dentro da área no jogo de ida da final da Copa do Brasil, agora foi a vez do Atlético-MG sair na bronca pelo mesmo motivo, só que dessa vez, sem razão. A bola tocou no braço do lateral Varela, que estava de costas para o lance e, apesar do toque, não houve nenhum benefício técnico do time carioca. O Flamengo, envolvido em dois jogos decisivos, deveria alertar seus defensores que futebol não se joga com a mão.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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