
A negativa do técnico Tite em assumir o comando técnico do Corinthians alegando necessitar de uma pausa para cuidar da saúde mental acende uma preocupação em relação aos árbitros no Brasil.
Sabemos que após a pandemia houve um aumento significativo dos casos de ansiedade, sobretudo em quem convive em ambientes de muita pressão e cobrança. No meio esportivo, o ex-treinador da seleção brasileira admite grande desgaste mental.
Posso afirmar que a função de árbitro de futebol está entre as mais desgastantes, sobretudo atualmente onde os árbitros são cobrados por todos os lados a cada decisão tomada. A pressão já começa antes dos jogos com a desconfiança geral que a arbitragem brasileira atravessa, e continua dentro de campo com reclamações de jogadores, treinadores, torcedores e se estende quando o jogo termina com as análises e críticas dos lances da partida pela imprensa.
Fora isso tudo, os árbitros atualmente são bombardeados com novas instruções e mudanças de protocolo e procedimentos praticamente a toda rodada, além das punições públicas com afastamento das escalas, o que aumenta a insegurança e a fragilidade dos mesmos. Será que isso é tratado ou ao menos acompanhado de perto pela CBF? Ou os árbitros são jogados aos leões e salve-se quem puder?
Como o que parece é uma falta de planejamento total com a CBF em relação à arbitragem se limitando a escalar os árbitros sem os devidos investimentos em treinamento e formação de qualidade, resta imaginar que muitos estão sofrendo deste mal. E pior, sem a devida assistência inerente a árdua função que exercem. Que Deus cuide da saúde dos árbitros brasileiros!
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