Árbitro capixaba com maior número de atuações nacionais e internacionais, especializado em gestão esportiva,e que atuou em dez finais do Campeonato Capixaba, além de partidas das séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro.

Controle emocional nos momentos de pressão é essencial para times de futebol

Geralmente quando em desvantagem e em baixa produção, jogadores perdem a cabeça e recebem punições que poderiam ser evitadas em campo

Publicado em 14/02/2022 às 08h21
Cartão Amarelo
Uma quantidade significativa de cartões poderia ser evitada se atletas estivessem com a "cabeça no lugar". Crédito: Freepik

A queda de produção ou a baixa efetividade de um time acostumado com as vitórias pode levar ao nervosismo quando as coisas não dão muito certo dentro de campo. Um levantamento feito com a equipe do Flamengo, por exemplo, aponta para um número excessivo de cartões, principalmente nos clássicos, em que as rivalidades carregam muito o nervosismo dos jogadores.

Na partida no Nilton Santos contra o Fluminense no domingo (06), a maioria dos cartões aplicados foi por atitude antidesportiva. Diego, Hugo Souza e Gustavo Henrique amarelados em discussões. Vitinho foi expulso por agressão. Já Andreas Pereira, Marinho e Leo Pereira foram amarelados por faltas, todas para matar o contra-ataque adversário.

O controle emocional nos momentos de pressão e adversidade aliado a um acompanhamento do número de cartões por jogo pode ajudar muito uma equipe a evitar punições desnecessárias e a manter o desempenho técnico. Aliás, o jogador brasileiro, de forma geral, não reage bem às pressões e provocações dentro de campo.

A necessidade de um trabalho profissional nessa área é urgente para se garantir o que se chama de compliance, ou seja, o cumprimento das regras e normas para minimizar prejuízos à toda equipe dentro de uma competição e manter uma imagem positiva da marca do clube e de seus jogadores.

MUNDIAL

Uma excelente arbitragem da equipe de árbitros da Austrália na final do Mundial entre Chelsea e Palmeiras. Dois pênaltis muito bem marcados, com auxílio do VAR, e uma expulsão correta do defensor Luan do Palmeiras. O mais importante foi a rapidez com que as decisões foram tomadas. Enquanto no Brasil a demora é de quatro a cinco minutos em uma consulta ao VAR, o árbitro australiano precisou de quarenta segundos para definir as decisões, ou seja, menos interferência e máxima eficiência. Essa é a grande sacada que os árbitros brasileiros ainda não aprenderam.

TECNOLOGIA

Aliás, por falar em uso inteligente da  tecnologia, ela continua avançando no futebol. Um gol aos 48 minutos do segundo tempo definiu o empate de Roma e Sassuolo em 2 a 2 pela 25ª rodada do Campeonato Italiano. Na jogada decisiva, a bola cabeceada pelo meia italiano foi salva pela defesa do Sassuolo logo após cruzar a linha. Só que o árbitro Marco Guida não teve dúvida ao confirmar o gol, e mostrou para os jogadores, apontando para o relógio, a razão: graças a um chip instalado na bola, sempre que ela cruza completamente a linha do gol o árbitro recebe a confirmação imediatamente. Um ótimo avanço, pois a confirmação é imediata sem precisar parar o jogo para revisão na tela fora do campo.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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