Árbitro capixaba com maior número de atuações nacionais e internacionais, especializado em gestão esportiva,e que atuou em dez finais do Campeonato Capixaba, além de partidas das séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro.

Depois não adianta reclamar de nível ruim de arbitragem no Brasil

Assim como os jogadores, árbitros também necessitam de pré-temporada. Comissão de arbitragem da CBF pouco fez até aqui para mudar o cenário ruim deixado em 2021

Publicado em 13/01/2022 às 21h10
Arbitragem
Néstor Pitana, árbitro de final de Copa do Mundo e da última Libertadores, capacitou juízes brasileiros recentemente. Crédito: Divulgação

As temporadas de treinamento visando as competições de futebol de 2022 já começaram por todo o país. Em ano de Copa do Mundo, no Catar, todo mundo quer se adiantar e começar os treinos com toda força. Alguns jogadores, inclusive, estão retornando antes do prazo de férias terminarem, apostando em uma convocações, caso de Gabigol, do Flamengo.

Com os árbitros a situação não é diferente. Testes físicos e de conhecimento de regras, muitos já ultrapassados, estão sendo aplicados pelas comissões que não conseguem inovar e, apesar do ano de 2021 ter sido muito ruim para a arbitragem, pouca coisa parece ter mudado na preparação dos árbitros. Menção honrosa para as comissões de arbitragem de Alagoas e Recife, onde tem gestores de primeira linha e que estão muito à frente dos demais pelos Brasil.

Cito, Charles Herbert e Salmo Valentim que trouxeram um dos melhores árbitros do mundo para a pré-temporada de seus estados. O argentino Néstor Pitana, árbitro das finais da Copa do Mundo do Brasil em 2018 e da Libertadores 2021, marcou presença no nordeste brasileiro. Ele transmitiu conhecimento e humildade para os árbitros locais, em uma iniciativa inovadora de quem está atualizado e sabe fazer gestão de verdade.

Enquanto isso a CBF está com uma comissão de arbitragem interina e que mal sabe por onde começar a temporada. Sem projeto e com propostas ultrapassadas, tudo indica que teremos mais um ano difícil para a arbitragem brasileira que, salvo nossos amigos nordestinos, parou no tempo.

NA COPINHA

Pela Copa São Paulo de futebol júnior, até agora nada de novo na arbitragem que tem apresentado "mais do mesmo". Árbitros novos visivelmente robotizados e inseguros, não mostram autoridade e autonomia para controlar os jogos onde alguns jovens jogadores já estão com a péssima mania de reclamar de tudo como os veteranos.

Em relação a coluna anterior, quando falamos sobre os bastidores da Copinha em relação a times de aluguel que vão para a disputa sem nenhuma preparação e visam somente o lado financeiro, o amigo Pedro Arthur que foi técnico do Forte Rio Bananal na competição, fez contato e esclareceu que, de fato, não teve condições de treinamento adequado, mas que não presenciou nada em relação a repasse de recurso das famílias dos jogadores para dirigentes da equipe. Menos mal que por aqui não teve isso, porque essa é uma triste realidade nas categorias de base do futebol brasileiro.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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