Um bom jogo, e cheio de decisões difíceis da arbitragem na vitória do Botafogo sobre o Flamengo por 3 a 2, no Maracanã. Edina Alves, que comandou a equipe feminina de arbitragem, esteve quase impecável.
Começo pelo pênalti muito bem marcado a favor do Botafogo, em que ela estava muito bem posicionada e acertou. No mesmo lance, aplicou cartão amarelo em Gabigol por reclamação sem vacilar. Da mesma forma, acertou ao expulsar o jogador Rafael, do Botafogo, por uma entrada dura quando este já tinha cartão amarelo. Ato contínuo, expulsou o técnico alvinegro, que deu um piti à beira do gramado - e Edina, mais uma vez, impávida, agiu corretamente mantendo a autoridade em campo.
Aí veio o vacilo que tirou a perfeição do seu trabalho. Thiago Maia acertou um adversário com um chute violento após chegar atrasado na jogada e mesmo após ser chamada pelo VAR, Edina manteve apenas o cartão amarelo que, a meu ver, não foi suficiente para a violência da jogada.
A partir daí, a condução do jogo ficou difícil, com jogadores nervosos, mas a árbitra manteve a calma e mesmo assim sinalizou 11 minutos de acréscimos, cumprindo a determinação à risca.
Wilton Sampaio não se impôs no clássico paulista
Edina, que será a árbitra brasileira na Copa do Mundo feminina, deu exemplo para o árbitro brasileiro que foi um dos nossos representantes na Copa do Mundo masculina no Catar. Wilton Sampaio não se impôs em campo na vitória do Palmeiras sobre o Corinthians por 2 a 1.
O manjado técnico Abel Ferreira, do Palmeiras, reclamou acintosamente o jogo inteiro, e Wilton assistiu a tudo sem tomar providências, além de tolerar a indisciplina do atacante corintiano Roger Guedes, que ainda saiu de campo reclamando da arbitragem. Essa rodada foi marcada pelas mulheres corajosas que mostraram para os homens como se faz uma arbitragem de qualidade.
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