Com a proximidade da Copa do Mundo do Catar, a Fifa já mandou o recado para os árbitros que vão atuar na competição em relação ao uso do VAR. Os dirigentes e ex-árbitros Pierluigi Colina e Máximo Buzaca, em reunião com os escolhidos para atuarem no Mundial, exigiram máxima eficiência e mínima interferência no jogo.
Exatamente por serem os melhores árbitros de cada país, a esperança da comissão de arbitragem da Fifa é de que o VAR não seja usado como salvação para os erros e sim apenas para lances fora do campo de visão ou lances de gol. Essa determinação está ligada à preocupação de dar dinâmica aos jogos, evitando paralisações das partidas, o que pode tirar o interesse dos telespectadores e torcedores.
Para reforçar tudo isso será disponibilizada a tecnologia do impedimento semiautomático que, com o auxílio de várias câmeras, decidirá em questão de segundos se um lance foi impedimento ou não. Desta forma, o VAR passa a realizar a função para qual foi criado, ou seja, interferência mínima, além de trazer justiça no resultado final do jogo.
Em tempo. Nenhum árbitro brasileiro atuante como VAR foi convocado para atuar no Mundial que começa no próximo mês, o que confirma a nossa tese de que ninguém aqui se adaptou bem ao uso do equipamento.
MUITO TEMPO PARA DECIDIR UM PÊNALTI
Por falar em uso do VAR pela arbitragem brasileira, na vitória do Botafogo por 1 a 0 sobre o São Paulo, no Morumbi, foram mais de quatro minutos para definir um pênalti claro cometido pelo zagueiro Léo, do Tricolor Paulista, quando agarrou o meia TchêTchê dentro da área.
O lance resultou em cartão vermelho bem aplicado para o defensor porque a falta não foi na disputa de bola, mas com um puxão para evitar a conclusão a gol pelo adversário. Apesar da demora na análise, que resultou em oito minutos de acréscimos, o árbitro gaúcho Jean Pierre Gonçalves acertou nos dois procedimentos.
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