O soberbo artilheiro Gabigol, do Flamengo, atuou na noite deste domingo (19) contra o Grêmio, em jogo válido pelo Brasileirão, graças a um inexplicável e absurdo efeito suspensivo, após ter sido suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por duas partidas, por afrontar ao artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que diz: "assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva; desrespeitar os membros da equipe de arbitragem ou reclamar desrespeitosamente contra suas decisões".
O fato ocorreu no dia 08 de agosto, quando Gabigol foi expulso na derrota do Flamengo para o Internacional por 4 a 0, após aplaudir ironicamente uma decisão da arbitragem. Após receber o cartão vermelho, ele falou: "Isso é uma piada. Por isso que o futebol brasileiro é uma várzea". A partir daí, com o relato do árbitro na súmula do jogo, Gabigol poderia pegar até seis jogos de suspensão. Curioso é que tudo isso ocorreu em um jogo em que ele não marcou gol e seu time perdeu de goleada, ou seja, arrumou uma expulsão e chamou o futebol que sustenta sua artilharia, sucesso e projeção para a Seleção Brasileira de várzea.
Se isso não bastasse, no jogo de volta contra o Grêmio pela Copa do Brasil, na última quarta-feira (15), ele chutou a bola em direção ao treinador campeão de uma Copa do Mundo, Felipão, que estava no banco de reservas e foi em direção a ele falando em uma atitude de total desrespeito. Depois da repercussão negativa do fato, Gabigol fez um midiático pedido de desculpas ao treinador, que não convenceu ninguém.
Ainda no jogo de ontem ele foi tirar satisfações com o atacante Borja, do Grêmio, após ele comemorar seu gol, alegando uma provocação por parte do gremista. Como se ele já não tivesse feito a mesma coisa com a torcida do Grêmio ao comemorar seus gols.
O nosso futebol, de fato, não está passando por seus melhores momentos, mas foi aqui que o mal-educado jogador conseguiu se destacar, pois enquanto esteve na Europa, onde o futebol que é muito organizado e de várzea não tem nada, não conseguiu nenhum destaque, certamente porque por lá ninguém, nem os torcedores, toleram esse tipo de atitude.
Gabigol precisa começar a respeitar as regras do jogo e aprender a lidar com a derrota quando ela acontece, mas o que ele precisa mesmo é ter humildade de reconhecer que falta muito para ser um ídolo nacional e que o futebol brasileiro e seus verdadeiros ídolos são muito maiores do que ele.
RAPIDINHAS DO FIM DE SEMANA
VASCO X CRUZEIRO
Ninguém entendeu porque o árbitro Luiz Freitas Castro (GO) deixou o lance seguir e só depois da bola na rede anulou o segundo gol do Vasco contra o Cruzeiro. A dúvida surgiu porque ele não foi consultar o VAR e depois de muita comemoração dos vascaínos, ele indicou que o jogador Gabriel Pec tocou a mão na bola no início da jogada. Se não precisou do VAR para anular a jogada, ele deveria ter apitado na hora do toque de mão, evitando reclamações e dúvidas. Apesar da demora desnecessária e da confusão, o lance foi bem anulado.
SÉRIE D
Em Araraquara, na partida entre Ferroviária-SP e Brasiliense-DF, jogo de volta do mata-mata da Série D do Campeonato Brasileiro, o árbitro Antônio Márcio Teixeira (MG) marcou uma falta acertadamente fora da área, mas após muita confusão e de sofrer enorme pressão do banco da Ferroviária, voltou atrás e marcou pênalti a favor do time da casa. O jogo ficou quinze minutos paralisado para a cobrança do pênalti. Esse é mais um jogo que vai para o tapetão.
PALMEIRAS X CHAPECOENSE
O árbitro Paulo Roberto Alves Junior (PR), na partida entre Palmeiras e Chapecoense neste sábado (18), válida pela 21ª rodada do Brasileirão, na Arena Condá, após marcar falta dura de Patrick de Paula, do time paulista, acabou percebendo que esqueceu o cartão amarelo no vestiário, protagonizando um momento bizarro no jogo. O quatro árbitro socorreu e entregou os cartões ao esquecido juizão. Onde já se viu um soldado na guerra sem armas?
TRIO FEMININO NO ES
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Pela primeira vez na história do futebol capixaba, um trio de arbitragem feminino atuou em uma partida profissional. Vanessa Guijansque, Macielly Netto e Sandy Teixeira trabalharam no jogo entre GEL x Vilavelhense, válido pela segunda rodada da Copa Espírito Santo. A árbitra Vanessa tem a profissão no DNA. Ela é da família Guijansque, que já teve Neide, Robson, Rafael e o saudoso Cláudio Guijansque, que já atuaram na arbitragem do Estado.
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