Toda equipe de arbitragem, inclusive os profissionais que operam o VAR, falhou no gol do Palmeiras contra o Atlético-MG na partida válida pela semifinal da Libertadores ao não analisar a invasão de campo do atleta substituto Deyverson, do Palmeiras, antes que o atacante Dudu fizesse ao gol que deu a classificação ao time paulista para a final da competição diante do Galo no Mineirão.
Seguindo o texto da regra ao pé da letra, o gol deveria ser anulado e o jogo reiniciado com tiro livre direto, mesmo não havendo interferência em nenhuma ação da defesa. Isso porque como se trata de jogador substituto e não agente externo, a simples invasão de campo, com bola ainda em jogo, caracteriza a infração.
- Veja o que diz o texto da regra
- "Gol marcado com uma pessoa extra no campo de jogo. Se, depois de um gol ser marcado, o árbitro perceber, antes do reinício do jogo, que uma pessoa extra estava em campo quando o gol foi marcado, o árbitro deve anular o gol se a pessoa extra foi:
- um jogador, substituto, jogador substituído, jogador expulso ou oficial da equipe que marcou o gol; o jogo será reiniciado com um tiro livre direto da posição em que a pessoa extra estava"
Em um jogo sem o VAR, tal erro seria justificado pela dificuldade da equipe de campo em perceber a entrada (invasão) antes da bola entrar no gol, mas com a cabine do VAR no auxílio fica imperdoável esse tipo de falha em uma partida tão importante, que decidiu vaga para a final da maior competição sul-americana de clubes, manchando a arbitragem do excelente árbitro colombiano Wilmar roldán.
Como se observa, o uso do VAR deu luz a uma série de situações que antes não eram percebidas facilmente, mas atualmente toda situação de gol conquistado deve sofrer criteriosa revisão antes de sua confirmação, o que, como se nota, não foi o caso no lance do gol do Palmeiras.
BARCELONA-EQU x FLAMENGO
No outro jogo das semifinais, os jogadores do Flamengo Gabigol e Bruno Henrique, que têm técnica e categoria aprovadíssimas, ainda não aprenderam a diferenciar a arbitragem brasileira no Campeonato Brasileiro da arbitragem sul-americana na Libertadores e insistem em simular faltas ou tentar mostrar mais gravidade do que realmente existe em uma falta recebida, tentando induzir o árbitro a uma punição no adversário.
Essa postura, que só é vista em jogadores brasileiros e que não engana mais ninguém, é reprovada em todo futebol mundial atualmente. Sendo a final da Libertadores com dois times brasileiros - Palmeiras e Flamengo -, vamos ver muita artimanha desse tipo no jogo da final.
RAPIDINHAS DO APITO
Este vídeo pode te interessar
- No jogo entre Guarani e Cruzeiro, pela Série B, o árbitro Rodolpho Toski e sua equipe precisaram de absurdos cinco minutos para consultar se um ataque do Cruzeiro estava ou não impedido.
- A arbitragem capixaba completou quatro rodadas sem ser escalada nas séries A e B do Campeonato Brasileiro.
- O jogador Andreas Pereira, do Flamengo, recebeu o cartão amarelo mais rápido da Libertadores 2021, no jogo de ontem contra o Barcelona-EQU. O árbitro Roberto Tobar "amarelou" o meio campista rubro-negro aos 50 segundos de jogo.
Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.