A inexplicável falha da arbitragem ao não marcar pênalti a favor do Grêmio e contra o Corinthians no sensacional empate em 4 a 4 na Arena Itaquera, mostra a grotesca falta de critério da arbitragem brasileira, mesmo com o auxílio do VAR.
O toque de mão, aliás, o bloqueio de vôlei do jogador corintiano, Yuri Alberto, foi tão claro que só posso classificar como inexplicável a não marcação da penalidade. Tudo bem, o árbitro não viu ou estava com a visão encoberta, mas e o VAR? Será que não estava funcionando na hora? O pior disso tudo é que em lances muito mais discutíveis como este já foram marcados vários pênaltis nesse mesmo campeonato.
A CBF divulgou nota reconhecendo o erro da arbitragem ao não marcar o pênalti, o que é o óbvio. De acordo com a análise posterior publicada pela Comissão de Arbitragem da CBF, o mineiro Emerson de Almeida Ferreira deveria ter recomendado a revisão do lance no monitor do VAR, o que não foi feito.
A CBF divulgou a conversa entre os operadores do VAR, veja;
- Emerson de Almeida: O jogador, mesmo estando com a mão nessa posição, acho que ela está natural para essa disputa de bola para a defesa. Não está com a intenção de bloquear.
- Johnny Barros de Oliveira: Você acha que o braço não está muito aberto, Emerson?
- Emerson de Almeida: Oi?
- Johnny Barros de Oliveira: Você não acha que está muito aberto não? Que essa bola passaria se ela não bate no braço?
- Emerson de Almeida: Para mim, ele não está com a intenção de bloquear. Ele está com a intenção de bloquear a bola. É diferente de bloqueio. Ele está recolhendo o braço. Ele não está indo com o braço em direção à bola. Ele está recolhendo. Wilton, lance checado. Pode jogar. O jogador está recolhendo o braço.
Com a palavra o presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, Wilson Seneme.
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