Árbitro capixaba com maior número de atuações nacionais e internacionais, especializado em gestão esportiva,e que atuou em dez finais do Campeonato Capixaba, além de partidas das séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro.

Início do Brasileirão já mostra crise na arbitragem brasileira

Dirigentes dos clubes reclamam, mas são coniventes com a CBF. Também possuem sua parcela de responsabilidade

Publicado em 08/04/2025 às 12h28
Partida entre Sport e Palmeiras foi recheada de polêmicas com a equipe de arbitragem
Partida entre Sport e Palmeiras foi recheada de polêmicas com a equipe de arbitragem. Crédito: Código19/Folhapress

Não demorou muito para ser decretada a primeira crise envolvendo os clubes e a arbitragem no Campeonato Brasileiro. Na segunda rodada da competição já foram registrados protestos de pelo menos três clubes - 30% dos jogos. Sport, Cruzeiro e São Paulo reclamam contra pênaltis, VAR e expulsões, o que já resultou no afastamento de vários árbitros de campo e assistentes e árbitros do VAR.

Com isso, surgem também alguns questionamentos importantes. Afinal, de que reclamam os dirigentes brasileiros, se há duas semanas nem sequer receberam Ronaldo Fenômeno para ouvir uma nova proposta de gestão para a CBF, alegando que a administração atual está muito boa. Reclamar agora não combina com essa cumplicidade bizarra e retrógrada.

Em relação ao afastamento dos árbitros, como fica o consumidor? O torcedor que paga ingresso caro e agora a CBF afastando os árbitros. A entidade admite que a arbitragem interferiu no resultado dos jogos. Quem vai fiscalizar e punir baseado no direito do consumidor que, repito, paga caro para ver o espetáculo e seu time prejudicado? Muita coisa precisa mudar. 

Lances Polêmicos

O lance mais reclamado é o pênalti marcado pelo árbitro Bruno Arleu (RJ) a favor do Palmeiras, aos 44 minutos do segundo tempo, quando o atacante Raphael Veiga caiu na área do Sport em uma disputa de bola. Já o Cruzeiro reclama da expulsão do zagueiro Jonathan Jesus, aos 20 minutos do primeiro tempo, pelo árbitro Marcelo de Lima Henrique (CE), após falta no atacante Wesley do Inter. Teve também o técnico Zubeldia sendo expulso após dar uma bronca no árbitro Ramon Abatti Abel (SC) pela não expulsão do zagueiro Lyanco, do Atlético-MG, quando o defensor já tinha cartão amarelo.

Chamo a atenção para o depoimento do dirigente Guilherme Ferreira, do Sport, que declarou que o produto futebol está acima do nível da arbitragem brasileira e que é necessária uma reestruturação urgente na gestão da arbitragem. Acredito muito no novo presidente da Comissão Nacional de Arbitragem Rodrigo Martins Cintra, e creio que a Escola Nacional de Arbitragem seja o caminho para essa renovação de critérios e conceitos acontecer, resgatando a credibilidade dos nossos árbitros.

Ser cúmplice do caos e reclamar depois transforma protestos lícitos em choradeira e transferência de responsabilidade que fazem parte da hipocrisia do futebol brasileiro atualmente. Aguardo respostas dos competentes órgãos de fiscalização agindo a favor do sofrido torcedor brasileiro.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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