Árbitro capixaba com maior número de atuações nacionais e internacionais, especializado em gestão esportiva,e que atuou em dez finais do Campeonato Capixaba, além de partidas das séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro.

Não há explicação para 16 minutos de acréscimos em França e Brasil nas Olimpíadas

Não houve paralisações ou substituições suficientes para justificar o tempo acrescido quando o Brasil vencia por 1 a 0. Ao todo, foram 19 de acréscimos apenas no segundo tempo

Publicado em 05/08/2024 às 09h05
Gabi Portilho fez o gol da classificação da seleção à semifinal do futebol em Paris
Gabi Portilho fez o gol da classificação da seleção à semifinal do futebol em Paris. Crédito: Rafael Ribeiro/CBF

Chamou muito a atenção a enorme incoerência nos acréscimos aplicados pelos árbitros nos jogos do fim de semana. Fazendo uma breve comparação entre os tempos aplicados nos jogos olímpicos e no campeonato brasileiro, busquei e não encontrei justificativa para tamanha diferença entre os tempos acrescidos pelos árbitros.

Mesmo ocorrendo em jogos feminino e masculino, o futebol tem as mesmas regras e orientações nos dois casos. Na vitória da seleção brasileira sobre a francesa nos Jogos Olímpicos por 1 a 0, foram 16 minutos de acréscimos para um jogo de 28 faltas e 8 substituições. Já aqui pelo campeonato brasileiro, nos jogos entre Vasco e Bragantino, com 10 substituições e 26 faltas, e São Paulo e Flamengo, 8 substituições e as mesmas 26 faltas, tivemos 4 e 5 minutos de acréscimos, respectivamente.

Como vemos, é uma diferença muito grande em jogos com números e parâmetros bem parecidos.

Lembrando que os “acréscimos” são, na verdade, “recuperação de tempo perdido”, ou seja, quando o árbitro sinaliza 5 minutos de “acréscimos” por exemplo, ele está indicando que só foram jogados 40 minutos e os 5 minutos de acréscimos são para completar o tempo regulamentar de 45 minutos.

Sendo assim, se considerarmos o tempo perdido com faltas e substituições ao “pé da letra”, os árbitros dos jogos olímpicos estão fazendo o correto e os brasileiros estão muito econômicos. A informação da comissão de arbitragem dos jogos olímpicos é de que no caso de Brasil e França só teve 40% do tempo com bola rolando. Acréscimos maiores têm sido uma tendência na arbitragem mundial desde a Copa do Mundo de 2022 no Catar.

O certo mesmo é que ainda existe uma enorme incoerência e falta uniformidade nos critérios de uma competição para outra. Para tentar resolver a situação de tempo de bola em jogo, há uma proposta antiga de fazer o jogo com 30 minutos em cada tempo, parando o cronômetro, sempre que a bola parar.

O árbitro capixaba Davi Lacerda atuou muito bem em mais um jogo da série A do campeonato brasileiro. Ele, que vem em uma boa sequência, apitou nesse domingo (4) no Maracanã, na vitória do Fluminense por 1x0 sobre o Bahia.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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