Até que ponto a indisciplina de Neymar pode ser justificada com o argumento de que ele é caçado em campo? Craques como ele geralmente sofrem marcação mais dura por motivos óbvios, mas isso faz parte da vida de um atleta que, com sua habilidade, deveria saber fugir dessa marcação com jogadas e dribles rápidos.
Já há algum tempo Neymar não é unanimidade entre os companheiros de profissão, haja vista que na votação de melhor jogador do mundo, onde os próprios jogadores votam, ele nunca alcança boa votação. Talvez seja pela forma como trata os adversários durante uma partida, com os conhecidos 'jogou aonde?", "foi campeão de quê?", fora os empurrões e revides desnecessários.
No jogo da semana passada contra a seleção peruana, Neymar recebeu o terceiro cartão amarelo - quando deveria ter sido expulso - após acertar o rosto do adversário com um golpe de mão para trás após sofrer uma falta normal de jogo. Enquanto isso, Messi dava uma aula na vitória da Argentina por 3 x 0 sobre a Bolívia, marcando os três gols com enorme maestria, recebendo a mesma marcação dura e sem agredir ninguém por isso; pelo contrário, a resposta foi com belas jogadas e lindos gols.
Um craque, atacante, que recebe mais cartões amarelos do que os zagueiros e fica suspenso de uma partida das Eliminatória da Copa do Mundo, não tem justificativa convincente. Enquanto ele se comportar assim teremos nosso menino mimado como o melhor retrato da indisciplina do jogador brasileiro, que reclama de tudo, simula recebimento de faltas e não respeita árbitros e adversários.
As comparações com Pelé só podem ser brincadeira de quem nunca viu o Rei jogando. Aliás, os Ronaldos, Fenômeno e Gaúcho, sobraram em relação a Neymar e foram eleitos os melhores do mundo com louvor. Hoje, o futebol brasileiro tem o craque que merece.
BRASILEIRÃO
Na principal partida da rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, Flamengo e Palmeiras fizeram um belo jogo na vitória rubro-negra por 3 a 1. Poucas faltas, sem reclamações dos técnicos - o que é difícil com Abel Ferreira no banco - e uma ótima arbitragem do goiano Wilton Pereira Sampaio, que expulsou corretamente o Zé Rafael, do Palmeiras, que deu entrada desleal por trás no volante Willian Arão.
Wilton Pereira, aliás, que foi como árbitro de vídeo na Copa do Mundo da Rússia e tinha esperança de ser o árbitro central do Brasil na Copa do Catar no ano que vem, acabou perdendo a vaga para o paulista Rafael Claus.
PARABÉNS, TV GAZETA!
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A coluna de hoje é dedicada ao aniversário da TV Gazeta. Parabéns pelos primeiros 45 anos. Que venha mais 45 no segundo tempo, acréscimos, prorrogação e pênaltis. Que o time continue vitorioso por muitos anos. E sem precisar chamar o VAR.
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