O futebol brasileiro inventou um novo padrão de pênalti. Aliás, já haviam inventado quando polemizaram a mão na bola e bola na mão. Agora a discussão é sobre o braço do defensor tocar no atacante durante a disputa de bola pelo alto.
No jogo entre Fluminense x Atlético-MG, válido pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro e que aconteceu na última segunda-feira (23), o árbitro marcou um pênalti a favor do Tricolor quando o jogador Hulk, atacante do Atlético-MG, ao disputar a bola no alto, tocou com o braço que ele usava para tomar impulso, em um movimento normal, na cabeça do adversário. Um absurdo.
Desde que o futebol existe, aquela região do campo - dentro da área - sempre foi de contato físico intenso pelo simples motivo de que é ali que se conquista o gol. Inclusive, a área de meta, mais conhecida como "pequena área'', foi criada para proteção do goleiro no ato da defesa justamente por conta do grande assédio dos atacantes buscando a conquista de um gol. É ali dentro das áreas que o defensor tem que tirar a bola para evitar o sucesso do adversário, enquanto o atacante faz de tudo para empurrar a bola para a rede, logo, há de se ter muito critério para avaliar se uma falta é cometida ou não.
Saltar com os braços na posição de sentido, colado ao corpo, é impossível para os jogadores e o fato do braço tocar no adversário nem sempre é falta, a não ser em casos de empurrões, socos e cotoveladas, o que não aconteceu no lance do pênalti marcado a favor do Fluminense.
Lances como esse no futebol europeu estão longe de serem punidos com pênalti. Aqui no Brasil os árbitros devem urgentemente reavaliar esses critérios para não se correr o risco de banalização na marcação de uma penalidade máxima.
CRITÉRIOS PARA ADMISSÃO DE ÁRBITROS
Uma ação do Ministério do Trabalho que fala em discriminação fez com que a Confederação Brasileira de Futebol (CB)F revisse os critérios de admissão de árbitros no quadro nacional de arbitragem. A entidade prometeu rever o limite de idade e a exigência de ter cursado ou estar cursando nível superior para entrar no quadro de árbitros.
Nas regras atuais, para ingresso e permanência no quadro nacional, segundo a CBF, o limite de idade é de 55 anos. Para árbitros da categoria C/D, que atuam apenas nas Séries C e D do Campeonato Brasileiro, o limite é de 45. Além disso, árbitros têm até os 38 anos para ingressar no quadro nacional. Fora a questão de discriminação, o árbitro certamente se torna melhor com a experiência que só chega com a rodagem e com a idade, porém a questão física, com os jogos cada vez mais rápidos e intensos, pode comprometer o rendimento em campo para os mais velhos. Na verdade, os testes físicos rígidos é que vão ter mais peso na hora da avaliação final.
ARBITRAGEM CAPIXABA SEGUE À MARGEM
A Comissão de Arbitragem da CBF divulgou o balanço do número de escalas de árbitros e assistentes no primeiro turno da Série B do Campeonato Brasileiro. Foram 190 escalas e mesmo com a Região Sudeste liderando com 30% das escalas e não tendo nenhuma equipe capixaba disputando a competição, os árbitros do Espírito Santo não figuram nem entre os dez mais escalados. Árbitros de São Paulo, Amazonas, Alagoas, Distrito Federal e Tocantins aparecem na ponta.
ÓTIMA ARBITRAGEM NA PARTIDA ENTRE GRÊMIO E FLAMENGO
Na vitória por 4 a 0 do Flamengo sobre Grêmio pela Copa do Brasil, ótima arbitragem do paulista Vinícius Gonçalves Araújo. Aplicando os cartões com correção, expulsou o lateral Isla, do Flamengo, corretamente ainda no primeiro tempo e o volante Vanderson, do Grêmio, no segundo tempo. De quebra, ainda usou o VAR de forma correta na marcação de um pênalti sobre o atacante Michael, do Flamengo. Simples assim.
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- Cornetada do Dia: Para o time do Grêmio, que jogou melhor que o Flamengo no primeiro tempo, quando o jogo estava 11 contra 11 em campo, e perdeu o jogo de goleada atuando com um jogador a mais durante quase todo o segundo tempo. Vai entender.
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