Árbitro capixaba com maior número de atuações nacionais e internacionais, especializado em gestão esportiva,e que atuou em dez finais do Campeonato Capixaba, além de partidas das séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro.

Orientações confusas e árbitros perdidos no Brasileirão 2025

Mais uma rodada da principal competição de futebol do país foi recheada de lances polêmicos e árbitros sem critérios

Publicado em 21/04/2025 às 08h30
Meia do Fluminense, Jhon Arias ficou na bronca após achar que sofreu pênalti
Meia do Fluminense, Jhon Arias ficou na bronca após achar que sofreu pênalti. Crédito: MARCELO GONÇALVES / Fluminense F.C

Árbitros perdidos em meio a uma chuva de orientações confusas. Isso é o que estamos vendo nas primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro 2025.

Em um jogo, o árbitro não marcou uma falta que existiu, mas o VAR chama para corrigir. Ele não atende o VAR e confirma o gol. Em outro, na mesma rodada, o juiz assinalou pênalti em decisão acertada. O VAR chama e ele “desmarca” o pênalti.

No mês passado, por duas semanas, a Comissão Nacional de Arbitragem, presidida por Rodrigo Cintra, utilizou uma plataforma de ensino à distância para qualificarem a arbitragem brasileira antes do início das competições nacionais. Contudo, após termos presenciado inúmeros erros nas primeiras rodadas da competição nacional, a CBF autorizou a sua Comissão a realizar treinamento presencial com os árbitros no Rio de Janeiro, o que deveria ter sido realizado na pré-temporada, na Granja Comary.

Desta forma, surgiu o Ifab brasileiro - órgão que regulamenta as regras do futebol - decretando que o VAR, aqui no Brasil terá o respaldo do verdadeiro International Football Association Board (Ifab), e atuará nas partidas realizando interferência de forma oficial, desrespeitando o protocolo oficial do Ifab/Fifa. Desta maneira, simultaneamente, teremos durante a realização de uma partida com arbitragem brasileira em campo, dois critérios distintos: o do árbitro de campo de jogo e o do árbitro de vídeo (VAR).

Resta saber, a todos os interessados, qual é o critério que deverá prevalecer?

O Ifab/Fifa durante a criação dos protocolos do VAR entre 2016 a 2018, incorporados às regras de jogo a partir de 2018, pregou a “mínima interferência e o máximo benefício". Na terceira rodada do Campeonato Brasileiro tivemos oito intervenções do VAR brasileiro, contrapondo-se a primícia do Ifab.

Contato Mínimo?

Como se não bastasse, na última semana surgiu mais uma orientação: não se deve marcar pênalti com contato mínimo. Mas o que é contato mínimo? Falta é falta, dentro ou fora da área. O problema é que ninguém sabe mais o que é falta ou não. Foi assim que o árbitro Bráulio Machado (SC) fez no Grenal: deixando de marcar um pênalti claro a favor do Tricolor Gaúcho, sendo alvo de muita reclamação. 

Já Wilton Sampaio (GO) ignorou pênalti cometido pelo goleiro Brasão, do Santos, sobre o atacante Mateus Alves, do São Paulo. Além do puxão na camisa que Árias, do Fluminense, sofreu e o árbitro Matheus Candançan (SP) nada marcou. No afã de melhorar o nível da arbitragem brasileira, os dirigentes da CBF tentam reinventar a roda e exageram nas orientações, alterando as regras e aumentando desorientação dos árbitros em campo. Passou da hora de um freio de arrumação na arbitragem brasileira. Eles estão perdidos. 

*Esta coluna tem como inspiração o texto do ex-árbitro Fifa Wilson Mendonça (PE).

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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