Árbitro capixaba com maior número de atuações nacionais e internacionais, especializado em gestão esportiva,e que atuou em dez finais do Campeonato Capixaba, além de partidas das séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro.

Pênaltis polêmicos e inusitados, mas com acertos dos árbitros

Nos jogos entre Flamengo x Criciúma e Palestino x Cuiabá, penalidades incomuns foram assinaladas e geraram questionamentos, porém acertadamente assinalados; já em relação ao VAR, não se pode dizer o mesmo

Publicado em 21/07/2024 às 19h24
Futebol
Barreto chutou uma segunda bola na bola dominada por Everton Cebolinha, e a penalidade foi assinalada corretamente. Crédito: Robson Alves/Brazil Photo Press/Folhapress

A semana foi marcada por lances inusitados em marcações de pênaltis nos jogos do Flamengo contra o Criciúma, pelo Campeonato Brasileiro, e do Cuiabá pela Copa Sul- americana.

No gol da vitória do Rubro-Negro carioca o lance bem polêmico e curioso foi no pênalti que se originou de uma segunda bola que estava em campo e que o jogador Barreto do Criciúma chutou em direção a bola do jogo que estava com Everton Cebolinha, que estava preparado para finalizar para o gol adversário.

De acordo com a regra 12 que trata das Faltas e Condutas Antidesportivas, é tiro livre direto se alguém "arremessar um objeto na direção da bola, de um adversário ou de um membro da equipe de arbitragem, ou tocar na bola com um objeto". Como uma segunda bola em campo é considerada um objeto e o lance foi dentro da área, o pênalti foi muito bem marcado pelo árbitro baiano Maguielson Lima Barbosa.

Já a penalidade do jogo do Cuiabá, válido pela Copa Sul-americana, foi a favor do Palestino e aconteceu no ultimo minuto dos acréscimos. Na cobrança o goleiro Walter defendeu e a bola voltou para o batedor, que fez no rebote, porém o árbitro considerou que o jogo terminou logo após a defesa do goleiro brasileiro.

Nesse caso, a regra diz que “o tiro penal estará concluído quando, depois de executado, a bola parar de se mover, ficar fora de jogo, for tocada por qualquer jogador, incluindo o batedor e à exceção do goleiro, ou o árbitro apontar uma infração cometida pelo batedor ou pela equipe do batedor”.

Desta maneira, depois que o jogador do Palestino fizesse a cobrança, o lance poderia acabar com o gol, a defesa do goleiro ou a finalização para fora. A partir do momento que Walter defendeu, é válido, pela regra, encerrar a partida antes do rebote, ou seja, nesse lance o árbitro também foi muito bem em sua interpretação.

VAR intervencionista

Na vitória do Palmeiras por 2x0 sobre o Cruzeiro no Allianz Parque, os mineiros - diretoria, torcida e jogadores - ficaram na bronca com o árbitro capixaba Davi Lacerda. A reclamação dos cruzeirenses foi no lance em que saiu o gol que seria o de empate do time mineiro e que o árbitro, após pressão dos palmeirenses, foi chamado ao VAR e acabou marcando uma falta no início da jogada.

O curioso é Davi Lacerda estava próximo ao lance e sinalizou deixando a jogada prosseguir. A meu ver, o árbitro que havia acertado ao deixar o jogo seguir, deveria confirmar o gol do Cruzeiro, já que o VAR, na verdade, é apenas mais um árbitro usando uma tecnologia que não é capaz de compreender as complexidades do futebol, percebida melhor dentro de campo. Lembrando que a decisão final é sempre do árbitro de campo quando há uma intervenção do VAR.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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