No esporte, assim como na vida, normas, regras e acordos têm que ser cumpridos doa a quem doer. Isso, porém, não parece ser uma prática no futebol brasileiro. Essa semana, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) retrocedeu e comunicou ao Flamengo que não vai mais adiar jogos do time no Brasileirão 2021, em virtude da convocação de seus jogadores para a Seleção Brasileira nas Datas FIFA para as Eliminatórias da Copa do Mundo 2022. A medida vai desfalcar a equipe rubro-negra em três jogos do Campeonato Brasileiro.
A entidade alega que o calendário 2021 não permite mais os adiamentos e também levou em conta o período de férias obrigatórias dos jogadores no final do ano e está baseada na declaração do presidente da Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol, Felipe Augusto Leite, que afirmou ter comunicado à CBF que não abrirá mão do acordo firmado pelas entidades junto ao Ministério Público do Trabalho, ainda em 2020, e em vigor, determinando que o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil não podem terminar depois do dia 15 de dezembro, e que se a CBF marcar jogos após essa data será multada pela Justiça do Trabalho.
Essa decisão da CBF ocorre em meio a uma briga de bastidores em relação ao comando da entidade, com o afastamento do presidente Rogério Caboclo, sendo que o presidente Rodolfo Landim, do Flamengo, foi apontado pela justiça como interventor na entidade. Outro conflito que acontece neste momento é a recusa do Flamengo em participar das reuniões com os demais clubes sobre a volta do público na Série A do Campeonato Brasileiro.
Por outro lado, o Flamengo promete enviar à Corte Arbitral do Esporte (CAS) um dossiê consistente contra os desmandos da CBF. A guerra parece estar só começando.
Os jogadores Gabigol, Everton Ribeiro, Arrascaeta e Isla, todos do Flamengo, se apresentarão às suas respectivas seleções essa semana e desfalcam o time nos jogos contra o Bragantino, Fortaleza e Juventude. A decisão da entidade ainda afeta, em uma escala menor, Palmeiras, Internacional e Atlético-MG.
NA JUSTIÇA
O Atlético-MG recorreu à Conmebol pedindo a anulação do gol de empate do Palmeiras na semifinal da Libertadores. O gol que levou o Verdão à final da competição, de fato, foi irregular, mas a mesma regra que fala da irregularidade fala também que as decisões do árbitro em relação ao resultado de uma partida, e se um gol valeu ou não, são definitivas se tal decisão não for revista antes do reinício da partida, o que torna praticamente impossível reverter a situação.
PODE ISSO, ARNALDO?
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