Árbitro capixaba com maior número de atuações nacionais e internacionais, especializado em gestão esportiva,e que atuou em dez finais do Campeonato Capixaba, além de partidas das séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro.

Sinal de alerta ligado contra a violência e indisciplina em campo

O árbitro Rodrigo Crivellaro foi covardemente agredido em partida da Segunda Divisão do Campeonato Gaúcho

Publicado em 07/10/2021 às 02h00
O árbitro Rodrigo Crivellaro foi covardemente agredido em partida da Segunda Divisão do Campeonato Gaúcho
O árbitro Rodrigo Crivellaro foi covardemente agredido em partida da Segunda Divisão do Campeonato Gaúcho. Crédito: Reprodução

A semana do futebol brasileiro foi cheia de fatos lamentáveis, e que ligaram o sinal de alerta contra a onda de violência e indisciplina em campo. No Rio Grande do Sul, o bandido travestido como jogador de futebol profissional, Willian Ribeiro, do São Paulo-RS, foi preso e indiciado por tentativa de homicídio após agredir covardemente o árbitro Rodrigo Crivellaro durante partida válida pela Segunda Divisão do Campeonato Gaúcho.

Após a marcação de uma falta aos 15 minutos do segundo tempo, o jogador bandido derrubou o árbitro e, com ele caído e sem condições de se defender, deu um forte chute em sua cabeça. Com a violência da agressão, o árbitro ficou inconsciente e os jogadores das duas equipes ficaram muito preocupados e chamaram a ambulância, que entrou em campo e conduziu o árbitro ao hospital. O agressor foi algemado e conduzido ao presídio.

Segundo o delegado responsável pela ocorrência, Vinícius Assunção, o jogador do São Paulo-RS será indiciado por tentativa de homicídio e poderá pegar de 12 a 20 anos de prisão, já que o árbitro não teve "chance de defesa". “Ele já tinha levado um golpe quando estava em pé e caiu sem chance de defesa. Poderíamos estar diante de uma morte e até uma lesão cerebral gravosa”, afirmou o delegado.

Na esfera do esporte, o jogador será julgado pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul com base no Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que prevê a pena mínima de 180 dias de suspensão no caso de agressão contra o árbitro.

A comunidade do futebol não aceita isso. Após o ocorrido, eu recebi vários comentários de jogadores, dirigentes, imprensa, árbitros e torcedores de todo o Brasil repudiando a atitude covarde e inaceitável do jogador. Triste é ver que a CBF e a Comissão Nacional de Arbitragem não se posicionaram a respeito, preferindo se omitir como se nada tivesse acontecido. Fica aqui nossa solidariedade ao companheiro que se recupera em casa após receber alta do hospital.

SÉRIE B

Pela Série B do Campeonato Brasileiro, no jogo entre Náutico e Goiás, houve mais cenas lamentáveis entre os jogadores. Ao fim da partida, uma briga generalizada entre eles depois de um jogo cheio de entradas duras e muita reclamação da péssima arbitragem do mineiro Ricardo Marques - aquele mesmo que teve o cartão amarelo tomado da mão pelo jogador Diego Souza do Grêmio.

Visivelmente acima do peso, o árbitro não tem nenhuma condição de trabalhar em jogos profissionais, mas continua sendo escalado pela Comissão Nacional de Arbitragem. Aliás, quando árbitros têm o cartão tomado das mãos, outros estão trabalhando visivelmente acima do peso e um quase é assassinado em campo por uma agressão covarde, chegou urgentemente a hora de rever os rumos da arbitragem brasileira.

DIEGO SOUZA ABSOLVIDO

Diego Souza tomou cartão amarelo do árbitro no jogo contra o Corinthians
Diego Souza tomou cartão amarelo do árbitro no jogo contra o Corinthians. Crédito: Pedro H. Tesch/AGIF

Como vergonha pouca é bobagem, o Tribunal de Justiça Desportiva absolveu o jogador Diego Souza, do Grêmio, por ter tomado o cartão amarelo da mão do árbitro mineiro Ricardo Marques na partida contra o Corinthians pelo Brasileirão.

Quando um tribunal absolve um jogador que comete uma indisciplina dessa, está sinalizando para os demais jogadores profissionais e para os da categoria de base, inclusive, que se pode fazer isso e que não há nenhum problema. Uma péssima postura de um tribunal que deveria agir com rigor e trabalhar firme pela disciplina e o cumprimento das regras e normas. Uma vergonha!

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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