Com a aprovação preliminar da proposta de alteração na regra do impedimento sugerida pelo ex-técnico do Arsenal Arséne Wenger, após os testes realizados em jogos de divisões inferiores da Europa, cabe uma análise sobre o tema que sempre foi o mais polêmico do futebol.
A proposta elimina a chamada “mesma linha” e só haverá impedimento se o jogador atacante estiver totalmente à frente do penúltimo defensor. Se qualquer parte de seu corpo estiver na linha de qualquer parte do corpo do penúltimo defensor, a jogada continua.
A contradição aparece quando analisamos que o impedimento surgiu como uma forma de afastar o jogo da área, já que era tão somente posicionar os atacantes dentro da área adversária e colocar a bola lá dentro para uma disputa de empurrões e sem nenhuma técnica.
Com o impedimento, os atacantes foram obrigados a recuar saindo da área adversária e as equipes passaram a ter que trabalhar as jogadas como forma de chegar ao gol. Agora, com a nova proposta, estão tentando aproximar os atacantes da área novamente, a meu ver, em um retrocesso, já que inevitavelmente os técnicos deverão recuar as linhas de defesa a fim de evitar o confronto com atacantes velozes.
A alteração será apresentada à International Football Association Board (Ifab), órgão que regula as regras do futebol para possível alteração na regra 11 do futebol. Alterações desse tipo impactam muito em toda estrutura do jogo e eu penso que será difícil a aprovação da proposta pelos motivos citados acima.
Conversei por telefone essa semana com o ex-árbitro gaúcho , Leandro Vuaden, que mora no Rio Grande do Sul e é o atual presidente da comissão de arbitragem da federação gaúcha de futebol. Vuaden e sua família também sofreram com as chuvas e, apesar disso, lidera o apoio a outros árbitros que perderam tudo nas enchentes. Nossa solidariedade aos amigos de arbitragem.
O Brasileirão da série A está paralisado, mas o futebol continua firme por aqui. Teve torneio de jovens no campo da AERT e o craque Davi fez o gol da vitória de sua equipe no último minuto de jogo e nem ligou para o cartão amarelo recebido por retirar a camisa na comemoração.
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