Estão criando uma polêmica envolvendo o árbitro mineiro Felipe Fernandes de Lima no jogo do Vasco e Vila Nova, válido pela série B do Campeonato Brasileiro. Quem já esteve dentro de campo deve saber que o que acontece ali deve ficar no campo. Isso é uma espécie de norma de conduta entre árbitros e jogadores e sempre foi assim. Claro que há um limite do que se fala, mas um áudio vazado devido à falta de público não pode transformar esse ambiente em uma reunião de santinhos porque não funciona dessa forma.
O árbitro falou para alguns jogadores que eles estavam "acostumados com árbitro de série B" - sabe-se lá o que ele escutou antes disso. Depois, ao responder ao lateral Zeca, do Vasco, soltou: "explicação só dou para minha esposa". Certamente o jogador pediu satisfação sobre alguma marcação dele e a resposta do árbitro foi bem direta.
Apitei futebol durante quinze anos e asseguro que não dá para pedir por favor para tudo. Tem que ser direto, sem desrespeito, que assim ninguém se ofende. Tanto é que os jogadores não tocaram no assunto após o jogo, mesmo sendo questionados pelos repórteres. Eles sabem muito bem que essa conversa é normal e que o árbitro também escuta muita coisa deles e que tudo ali.
Muitas vezes o jogador, nervoso com o jogo, desabafa em uma jogada que deu errado ou com um companheiro que cobra dele. Em outras, muitos deles, que estão com dois cartões amarelos, pedem o terceiro para ficarem do fora do próximo jogo. São coisas que ficam dentro daquele espaço, assim como deveria ser com o desabafo de um árbitro quando pressionado.
Orelha de árbitro sai quente de campo com a torcida e com alguns treinadores desbocados. O que o árbitro mineiro Felipe Fernades falou está longe de chegar perto do que ele escuta. O que se fala em campo fica dentro de campo. Nesse quesito jogadores e árbitros se entendem bem.
VAR EM AÇÃO
No jogo do Flamengo contra o Olimpia, pela Libertadores, aconteceu um daqueles lances pouco prováveis. O lateral Felipe Luiz, do Flamengo, cometeu falta por trás no atacante Sosa, do Olímpia, recebendo o segundo cartão amarelo e, por consequência, o vermelho. Porém, o VAR chamou o árbitro para analisar o lance anterior que Arrascaeta havia sido derrubado na área adversária e que ele mandou seguir.
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O resultado foi que o árbitro marcou o pênalti após rever o lance no vídeo e anulou a expulsão do Felipe Luiz, porque teoricamente o lance não teve validade, devido à infração anterior. A regra diz que se a falta do Felipe Luiz tivesse sido para cartão vermelho direto por ação temerária ou jogo brusco grave, a expulsão seria mantida, mas como se tratou de uma falta tática, ou seja, com o intuito de parar a jogada, o árbitro acertou ao anular a punição.
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