Árbitro capixaba com maior número de atuações nacionais e internacionais, especializado em gestão esportiva,e que atuou em dez finais do Campeonato Capixaba, além de partidas das séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro.

Violência contra jogadores precisa de um basta antes que aconteça o pior

Neste final de semana, vários casos de violência e ataques ocorreram pelos estádios brasileiros

Publicado em 28/02/2022 às 08h41
Jogador do Grêmio ficou ferido após ônibus do clube ser apedrejado
Jogador do Grêmio ficou ferido após ônibus do clube ser apedrejado. Crédito: Grêmio/Divulgação

A guerra causada pela Rússia contra a Ucrânia parece estar influenciando os torcedores no Brasil de forma muito negativa. Neste final de semana, vários casos de violência e ataques ocorreram pelos estádios brasileiros, o que pode - e deve - causar sérias punições aos responsáveis. Uma situação inaceitável que já movimenta os jogadores para uma possível paralisação geral por mais segurança para poderem trabalhar, enquanto não acontece o pior.

Após o apito final do jogo que rebaixou o Paraná para a Segunda Divisão do Campeonato Estadual, dezenas de torcedores do time invadiram o campo e agrediram os jogadores com socos e pauladas em protesto contra o rebaixamento.

No Campeonato Gaúcho, mais violência dos torcedores. O time do Grêmio se recusou a jogar o Gre-Nal após o ônibus ser apedrejado por torcedores do Inter quando chegavam no Beira Rio. O jogador Villasanti sofreu traumatismo craniano e precisou ser hospitalizado, enquanto outros jogadores se feriram levemente.

Ainda no Rio Grande do Sul, o zagueiro reserva do Caxias, Erik, relatou ter sido vítima de ofensas racistas antes do clássico entre Juventude e Caxias na tarde de sábado (26), no Alfredo Jaconi. O torcedor foi identificado antes do início da partida e foi retirado do estádio.

O caso ocorreu durante o aquecimento das equipes, minutos antes do apito inicial. O zagueiro identificou o torcedor e os presidentes dos dois clubes acionaram a Polícia Militar para retirá-lo do estádio.

Além disso, outro torcedor do Juventude cuspiu em Rennan Siqueira durante a partida, foi identificado e levado à delegacia.

VIOLÊNCIA NO NORDESTE

Na Bahia também houve ataque violento. Na chegada do time baiano à Fonte Nova para a estreia da equipe na Copa do Brasil contra o Sampaio Corrêa, uma bomba explodiu dentro do ônibus ferindo os jogadores Danilo Fernandes e Matheus Bahia, que foram atingidos no rosto e no braço, sendo encaminhados para o hospital.

Em Recife, torcedores do Náutico atacaram a van que levava os jogadores do aeroporto para casa após desembarcarem na cidade em um mais um protesto violento e descabido. 

ARBITRAGEM RUIM EM CLÁSSICO CARIOCA

Fora esses casos lamentáveis, no meio de semana tivemos mais uma arbitragem muito ruim em um clássico do Campeonato Carioca. O árbitro Grazianni Rocha, que apitou a vitória do Flamengo sobre o Botafogo por 3 a 1, não combateu a violência em campo ao deixar de expulsar o jogador Fabrício Bruno do Flamengo após uma entrada desleal contra o meia Chay, do Botafogo, jogada que acabou tirando o jogador de campo. O mais impressionante é que o jogador rubro-negro não recebeu nem cartão amarelo.

Além disso, o árbitro deixou de marcar um pênalti a favor do Botafogo, após o atacante Pedro do Flamengo cortar a bola com a mão dentro de sua própria área de forma muito clara. Nesse caso, o que chamou a atenção foi que o VAR não foi acionado para alertar o árbitro.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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