
O bloco Que Loucura vai estrear neste ano na abertura dos desfiles do Grupo Especial do Carnaval de Vitória, neste sábado (22). O bloco é formado por usuários e familiares atendidos nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e demais serviços de saúde mental do Sistema Único de Saúde (SUS).
Esta é a terceira vez que o Que Loucura abre as festividades no Sambão do Povo. Porém é a primeira vez em que abre os desfiles da elite do Carnaval de Vitória. Nos dois anos anteriores, a abertura aconteceu sempre na sexta-feira. Ao todo, participam 900 pessoas, de várias faixas etárias, entre usuários dos CAPS, familiares, funcionários, professores e estudantes de universidades.

Para Fabíola Leal, professora do curso de Serviço Social da Ufes e integrante da comissão articuladora do bloco, abrir os desfiles do Grupo Especial representa uma oportunidade de diálogo sobre a importância do tratamento adequado e uma quebra do estigma com relação aos pacientes em reabilitação psicossocial.
Fabíola Leal
Professora do curso de Serviço Social da Ufes e integrante da comissão articuladora do bloco Que Loucura
"Nossa mensagem é: loucura não se prende, saúde não se vende. Vamos incendiar o mundo com nossa loucura, por uma sociedade sem manicômios e pelo cuidado em liberdade"

O desfile do bloco Que Loucura acontece neste sábado (22), às 20h30, com concentração às 19h em frente ao Centro Pop, na entrada do Sambão do Povo. Os abadás, que são vendidos, já se esgotaram. Mas Fabíola ressalta que o bloco é aberto ao público e qualquer um pode se juntar com suas fantasias, adereços e alegria.
Fabíola Leal
Professora do curso de Serviço Social da Ufes e integrante da comissão articuladora do bloco Que Loucura
"Temos muitos retornos positivos. Arte e cultura são parte do processo de reabilitação psicossocial, conforme previsto na Lei Brasileira da Saúde Mental. Os depoimentos são de enfrentamento ao estigma que, historicamente, essas pessoas vivenciam por passarem por algum sofrimento psicossocial. Outros usam o espaço do bloco como um processo terapêutico diferenciado"

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