A coluna passou por alguns barracões, ora leves (de fantasias), ora pesados (de alegorias) e pode acompanhar de perto como estão os preparativos para a grande folia. Confira as novidades dentro dos portões!
OUTRA TETRA?
Entre quem circula pelo barracão pesado - onde são feitos os carros alegóricos - da bicampeã do Carnaval de Vitória, só há um comentário: A Boa Vista está deslumbrante! Ganhar duas vezes seguidas, aparentemente, fez muito bem para o ânimo da comunidade e também do carnavalesco, Robson Goulart. Da águia que trouxe o último campeonato sobre a música capixaba, vamos para o pássaro de fogo que conta a lenda capixaba do Mestre Álvaro e do Moxuara. Além disso, de acordo com Emerson Xumbrega, presidente e intérprete da escola, a procura pelas fantasias está cada vez maior! Se ganhar em 2022, a Boa Vista será tricampeã. Será que, no ano que vem, vamos ter uma escola querendo barrar a Jucutuquara, que tanto se orgulha de ser a única tetracampeã do Carnaval de Vitória? A história contará.
PÕE NA RUA!
Outra escola que está com o barracão praticamente pronto é a MUG. Corre à boca miúda que se anunciarem os desfiles a qualquer momento, ela põe os carros na rua e os componentes vestem as fantasias. Oficialmente, nem o presidente, Robertinho da MUG, nem o diretor administrativo, Patrick Rocha, confirmam a informação. Dizem que estão nos toques finais, terminando a construção de carros e elaboração de fantasias. De fato, lá na quadra, esculturas estão sendo pintadas e decoradas, e os trabalhadores continuam colando adereços e soldando ferragens. Como o enredo são os bonecos, já dá pra reconhecer alguns: Buzz Lightyear, Woody e Pinóquio, por exemplo.
CORUJA SURPREENDENTE
Tem águia, tem pássaro de fogo... E também tem coruja! E como tem! Quem circula pelo barracão da Jucutuquara - trancado a sete chaves, em frente ao Tancredão - se surpreende com a estrutura da coruja da escola. Faz tempo que a Nação não vê o símbolo da escola da forma como vai pra avenida no próximo Carnaval. Os carnavalescos, Vanderson César e Jorge Mayko, não me deixam falar muita coisa. Mas, o que eu garanto, é que o abre-alas vai emocionar muitos torcedores!
SOB AS BÊNÇÃOS
É com a bênção de Santo Antônio, padroeiro da comunidade da escola e homenageado no desfile, que a Novo Império acerta os últimos detalhes do desfile. Como em qualquer outra escola, a família imperiana também passou por dificuldades por causa da pandemia e do adiamento do Carnaval. Uma delas foi o encarecimento do material, sobretudo os de decoração das alegorias. De acordo com o carnavalesco Paulo Balbino, um rolo de 60 metros de galão (aquele adereço dourado que, em geral, circunda as formas de fantasias e carros), que custava pouco mais de R$ 20, pode chegar a custar quase R$ 40. A saída do carnavalesco foi catar um tecido não usado no barracão, e cortar tirinhas brilhosas que vão ser usadas nos acabamentos. Uma solução simples, eficaz, que coube no bolso e fez toda diferença no resultado final! No barracão pesado, os carros já começam a ganhar formas: a igrejinha de Santo Antônio, a Basílica do bairro (que está virando xodó dessa colunista)... Elementos de fácil leitura, para que o folião se identifique bastante! A Novo Império promete comover o capixaba com a homenagem ao santo que tem fama de casamenteiro.
MANDOU A LETRA
Nos últimos dias, circulou pelos grupos de Whatsapp mais aficionados do Carnaval de Vitória (e do Brasil inteiro) o áudio de Jorge Caribé, carnavalesco da Piedade, falando sobre a falta de ajuda dos componentes à escola. Caribé dizia que a escola tinha material, mas faltava trabalho manual no barracão pesado. Em curtas palavras, a comunidade não estava "descendo o morro" para ajudar na construção dos carros. Pois, foi só o áudio circular para a situação melhorar lá nas bandas da Piedade e Fonte Grande. Caribé está satisfeito com a ajuda que a comunidade tem dado no barracão pesado. Integrantes da bateria - como Matheus, Vanderson e Stanley, que é neto de Papo-Furado, baluarte da escola - estão trabalhando duro na forragem e construção das alegorias. E quem viu as esculturas que a Piedade está fazendo, como esta colunista viu, se emociona. Principalmente com a figura de um certo "preto velho", já mencionado neste texto.
10 QUE SEMPRE QUIS
Algumas pessoas de fora do Carnaval relataram a esta repórter-colunista que, ao passar pela Curva do Saldanha e ver as alegorias da Imperatriz do Forte, acharam que a escola está atrasada. Mas, em relação a outras agremiações, a Imperatriz não está tão atrás. Um carro já está praticamente pronto - mas está escondidinho - e os outros estão recebendo os acabamentos. O presidente, Arthur Kadratz, conta com a ajuda da comunidade, que desce em peso e marca presença no barracão. É como diz o samba de um carnaval passado: "o forte é minha raiz". E é nela que a escola aposta para conseguir o que o samba deste ano pede: "o 10 que eu sempre quis".
SUBIR PARA NÃO CAIR
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Tudo pronto na Andaraí. Tudo pronto. E não é a coluna quem diz isso. São palavras do presidente da escola, Thiago Bandeira. Três casas lotadas até o teto de fantasias e esculturas que ficaram prontas no ano passado. Os carros, segundo ele, só falta montar. A Andaraí dá um show de organização e planejamento. Thiago garante que, se o desfile tivesse acontecido na data original, em fevereiro, a escola estaria pronta. A verde e rosa de Santa Martha subiu no último carnaval para o Grupo Especial, e não quer voltar pro Acesso.
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