Gleidson Mariano dos Santos, conhecido no mundo do samba como Mestre Gle, começou na Novo Império em 1997, aos 14 anos, levado pelo pai, José Carlos. De cara, num teste inicial, mestre Lalinho lhe deu um tarol e ele não deu conta do recado porque não sabia tocar instrumentos. O pai, influente na escola, deu um jeitinho e Gleidson passou a fazer parte da bateria.
Alguns anos depois, em 2005, mestre Marcelino o ouviu tocando surdo de terceira, gostou da performance e foi o instrumento que dominou por muitos anos até chegar a mestre de bateria da Novo Império.
Gle também é eletricista, mas hoje se dedica integralmente à música como percussionista da Chope Samba, sua banda, e ainda esbanja talento em shows ao lado de vários artistas capixabas. Ele se define um aguerrido sambista, um imperiano de alma que se emociona com sua escola. “Depois de Deus e minha família, meu coração bate pela Novo Império”, diz.
A convite da Ziriguidum, Mestre Gle mostra sua ginga no Sambando na Roda, nosso bate-bola semanal:
O CARNAVAL É...
Uma festa gigantesca, mas principalmente um evento que promove emprego para muitos pais de famílias desempregados, uma salvação para esses profissionais que estão fora do mercado de trabalho.
SE FOSSE UM INSTRUMENTO DE BATERIA, EU SERIA...
Um surdo de terceira.
MEU SAMBA PREFERIDO É...
Aí você me pegou, porque são três: "As bodas de Aranã", depois o "Axé Novo Império", de 2016, quando estreei no Sambão como mestre de bateria e ganhamos quatro notas 10. E, por último, o samba de 2019 sobre as mulheres, porque era muito difícil em termos de melodia, harmonia e andamento, mas tivemos um resultado esplêndido.
MINHA FANTASIA FAVORITA É...
Prefiro responder com uma alegoria: quando eu vejo a coroa (símbolo da Novo Império) entrar na avenida, pelo amor de Deus, o coração bate forte demais.
PARA QUEM QUER QUE O SAMBA MORRA, EU RESPONDO...
Bom sujeito não é… porque samba é vida, alma, lazer e alegria.
MEU ÍDOLO NO CARNAVAL É...
Meu pai, José Carlos dos Santos, que me levou pra Novo Império, e os mestres Lalinho e Marcelino, que me guiaram e me inspiraram.
SE FOSSE CONVIDAR ALGUÉM PARA DESFILAR COMIGO, CONVIDARIA...
Minha mãe, dona Nadir Mariano, que é fanática por carnaval e todo ano compra ingresso pra me ver passar no Sambão.
SEM SAMBA E CARNAVAL, EU FICO...
Triste, porque samba tá no meu DNA e na alma do brasileiro.
NO ENREDO DO MEU SAMBA, NÃO PODE FALTAR...
Ritmo, suingue e balanço.
UMA LETRA DE SAMBA QUE ME DEFINE...
“É que eu sou malandro, batuqueiro, sou cria da Novo Império…” (Gle trocou o Salgueiro da letra original pela escola de coração).
NESTE CARNAVAL, EU PROMETO...
Inovar e melhorar mais e mais, estudar, correr atrás e sempre almejar o melhor pra minha bateria.
NA MINHA BATERIA, NÃO PODE FALTAR...
Muita alegria, muito ritmo e muita coreografia. A Orquestra Capixaba de Percussão sempre tem uma surpresinha, buscamos sempre um diferencial.
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