Estúdio Gazeta
Sabrina Cardozo
Quando se envelhece, é normal o cabelo não ser é mais o mesmo. É só ver fotos antigas, da adolescência e juventude, para bater aquela saudade da farta cabeleira.
De fato, com o avançar da idade, os fios tendem a ficar mais finos e mais ralos. Mas se esses sinais aparecem em alguém mais jovem, é preciso soar o alerta, como afirma a tricologista Sabrina Cardozo, especialista em dermatologia e homeopatia.
“Não é normal os cabelos dos jovens afinarem e nem o couro cabeludo ficar à mostra, mesmo que discretamente. O afinamento dos fios pode ser calvície, que muitas vezes é confundida com queda de cabelo ou com um afinamento normal dos fios", observa a especialista.
É muito difícil não conhecermos pelo menos uma pessoa calva. No Brasil, há 40 milhões com o problema, ou seja, pouco mais de 20% da população (nos anos 90, eram 27 milhões).
De acordo com Sabrina, a calvície ou alopecia androgenética é uma patologia genética, ou seja, se algum parente tem o problema, você também corre o risco de ter.
"É um problema progressivo. Significa que ela piora com o passar dos anos, de maneira lenta. E é algo crônico, ou seja, não tem cura, mas tem tratamento e controle", explica a tricologista.
A melhor forma de identificar a patologia é observar o couro cabeludo. "Tanto em homens quanto em mulheres, ele fica mais exposto. Não é normal o couro cabeludo aparecer. O cabelo sempre deve cobri-lo totalmente", afirma Sabrina.
A calvície, aponta ela, normalmente começa na adolescência, quando entramos em contato com os hormônios sexuais. "É muito difícil um jovem calvo desconfiar que tem calvície. Nas fases iniciais só é possível identificar o problema com o exame de Tricoscopia Digital. A questão é que os primeiros sintomas a olho nu aparecem muito tempo depois do início da patologia, quando a disfunção já está saindo do estágio inicial", observa.
Qualquer pessoa pode desconfiar que tem calvície se perceber que os cabelos estão mais ralos ou se o couro cabeludo estiver aparecendo mais. Segundo a tricologista, na mulher a calvície é mais comum no topo da cabeça. "Uma forma de desconfiar é repartir os cabelos ao meio e observar se a risca está mais espaçada. E ao passar as mãos no topo da cabeça, ela pode sentir se o volume está menor na região. Nos homens, os primeiros sinais surgem quando as entradas ou na coroa começam a aparecer, mesmo que muito discretamente", orienta.
Mas desconfiar do problema não significa um diagnóstico fechado. "Não existe o autodiagnóstico. A rarefação dos cabelos com aparecimento do couro cabeludo pode ser causado por algumas patologias e não exclusivamente pela calvície", destaca Sabrina Cardozo.
Daí a importância de se procurar um especialista em tricologia o quanto antes. Sobretudo se há pessoas calvas na família.
A especialista garante que, apesar de não ter cura, a calvície tem tratamento e controle. "Um calvo não precisa ser careca. Quanto antes iniciar o tratamento, menores são as chances de desenvolver alopecia grave."
Com o exame Tricoscopia Digital, Sabrina explica que é possível identificar qual o problema do couro cabeludo, e no caso da calvície, o quanto ela comprometeu a saúde dos folículos, e o quanto é possível recuperar.
De acordo com Sabrina, mesmo para quem faz o transplante capilar, que é uma excelente maneira de melhorar a aparência e a autoestima, o tratamento para calvície deve continuar. "Muitas pessoas fazem transplante e acham que resolveram o problema. Os cabelos transplantados não afinam, mas eles são implantados entre cabelos nativos, que têm o gene da calvície, e continuarão afinando sem tratamento. Ou seja, se fizer um transplante, é importante continuar o tratamento tricológico para garantir que os outros fios não afinem e a aparência continue bonita."
Também não é o caso de gastar uma fortuna com shampoos e condicionadores ou com vitaminas e outros suplementos orais. "Muitas pessoas vão tomar biotina, por exemplo, mas ela não é tratamento para calvície", pontua Sabrina Cardozo. “Assim como shampoo antiqueda ou os que prometem engrossar os fios. Por enquanto não há nenhum shampoo no mercado capaz de atuar no controle da calvície", ressalta.
A calvície, afirma ela, é um problema crônico e deve ser encarado como tal. "O tratamento dura enquanto a pessoa quiser os cabelos crescendo grossos e o couro cabeludo coberto. Quando o tratamento para, a disfunção volta a atuar e o cabelo volta a afinar."
Não existe nenhum exame laboratorial capaz de diagnosticar a calvície. O exame mais simples e confiável para identificar se alguém é ou não é calvo é a Tricoscopia Digital, que permite uma visualização ampliada do couro cabeludo. "Alguns aparelhos de vídeo tricoscopia e softwares de análise permitem a mensuração do diâmetro dos fios, possibilitando uma análise mais detalhada, assim como também uma observação dos processos inflamatórios na região", explica a tricologista.
O tratamento da calvície deve ser elaborado de acordo com a história, hábitos de vida e exame de tricoscopia de cada sujeito. Basicamente, segundo Sabrina Cardozo, é preciso bloquear a enzima que causa o afinamento dos fios e controlar a inflamação que normalmente existe no couro cabeludo do calvo.
Também é importante estimular a papila dérmica para recuperar o tamanho e produzir cabelos grossos. Dessa forma, o especialista vai usar terapias para estimular o nascimento de novos fios. "Esse tratamento pode ser através de tônicos, microagulhamento, fotobiomodulação, entre outros", afirma Sabrina.
A tricologista ressalta que qualquer pessoa com parentes calvos deve procurar um especialista para o acompanhamento. "Pode fazer a consulta anualmente ou a cada dois anos para identificar se há calvície e, se for o caso, começar o tratamento no estágio inicial. Quanto antes começar a tratar, menor a chance de ficar careca", alerta.
Sabrina Cardozo também reforça que tratamentos com embasamento científico são o melhor caminho para evitar frustrações e desperdício de dinheiro no controle da calvície.
Para saber mais sobre a calvície e outros problemas capilares, acesse o site www.sabrinatricologista.com.br e acesse o perfil @sabrinatricologista no Instagram.
Se você já sente sintomas como afinamento dos fios, redução do volume dos cabelos, aparência do couro cabeludo ou fragilidade capilar, agende sua consulta pelo telefone ou WhatsApp (27) 99268-9374. O quanto antes iniciar os cuidados, melhores serão os resultados.
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