Com o envelhecimento da população brasileira e a falta de crescimento econômico do país, fomos forçados a efetuar reformas em nossos sistemas previdenciários públicos, reduzindo o potencial de renda da maior parte da população na aposentadoria. Os brasileiros com 50 anos ou menos hoje receberão pensões significativamente menores do que seus pais quando se aposentaram, e pouca gente está atenta a isso.
Vou me concentrar aqui na questão do INSS, cuja regra se aplica à maioria da nossa população, que não dispõe de uma previdência complementar.
Trabalhar mais para ter direito aos benefícios:
- A idade mínima para homens hoje é de 65 anos e para mulheres, 62 anos, podendo ser revisadas para cima no futuro.
Viver mais e a necessidade de recursos adicionais:
- Com o avanço tecnológico da medicina, teremos tratamentos e medicamentos mais eficazes, aumentando nossa expectativa de vida. Vivendo mais tempo aposentados, precisaremos de mais recursos para nosso sustento.
Desafio do teto do INSS:
- O teto bruto do INSS é R$ 7.507,49, correspondendo a 5 salários base, insuficiente para custear as despesas de muitas famílias. A mensalidade individual de um bom plano de saúde para a terceira idade pode consumir 20% disso.
Dificuldade em aposentar-se pelo teto:
- Quase ninguém se aposentará pelo valor do teto do INSS, exigindo 40 anos de contribuição. O cidadão precisará ter recolhido, com base em 5 salários, ininterruptamente para a previdência dos 25 aos 65 anos.
Assim, nós brasileiros teremos duas opções: ou seguir trabalhando na velhice após os 65 anos, se o mercado de trabalho permitir, ou criar nosso próprio sistema previdenciário complementar, efetuando uma poupança regular do que recebemos como remuneração pelo nosso trabalho e investindo com eficiência e responsabilidade esses recursos.
Se você ainda não fez um planejamento financeiro, não reservou como uma despesa mensal um depósito para sua poupança de aposentadoria, não demore a fazer isso. Quanto mais cedo começar, menor será a necessidade de poupança mensal.
Os juros compostos de uma boa aplicação financeira fazem verdadeiras fortunas para quem tem disciplina e paciência de acumular por longos prazos. R$ 1.000 mensais por 20 anos, com as taxas médias de retorno do Brasil, podem resultar num montante total de R$ 1,2 milhão; se estendermos para 25 anos, este valor quase dobra, chegando a R$ 2,3 milhões.
Este é um dos motivos que me faz focar tanto na questão dos dividendos, hoje para mim a forma mais equilibrada de garantir uma renda futura para a aposentadoria. Conseguimos juros compostos duas vezes, pelo reinvestimento dos dividendos que recebemos e pelo crescimento destes dividendos, seja pelos lucros das empresas crescerem com o tempo (no caso de empresas) ou pelos aluguéis serem anualmente reajustados (no caso dos fundos imobiliários).
Hoje, os aposentados possuem uma renda média superior a boa parte da população, pois muitos puderam se aposentar cedo e com vencimentos razoáveis, com boa saúde e capacidade intelectual se mantiveram no mercado de trabalho, acumulando duas rendas e sustentando suas famílias por muitos anos, as regras permitiam isso.
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Infelizmente, o Brasil não consegue mais nos proporcionar isso; teremos uma realidade bem diferente 20 anos à frente. Os aposentados terão renda menor e estarão mais velhos, o que dificultará a permanência no mercado de trabalho. Você não quer ter de regredir na sua qualidade de vida quando se aposentar certo? Então, comece logo seu projeto de previdência complementar!
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