O orçamento doméstico é muito importante desde o início da formação da família. Deixar tudo claro, desde o princípio, aumenta a saúde financeira do casal e, consequentemente, mantém, ao mesmo tempo, a individualidade e a cumplicidade.
Casais sadios financeiramente evitam doenças, brigas, discussões e passam os conhecimentos financeiros de forma natural para os filhos, os netos.
Em uma república, os estudantes, dividem suas contas de forma igualitária. Em uma família, deve ser diferente. Quem ganha mais paga mais e quem ganha menos paga menos em termos de moeda (R$), mas iguais em termos percentuais (%). Se um ganha R$ 5.000,00 e o outro R$ 2.000,00 e o combinado for cada um investir 10% da renda bruta, embora os valores investidos sejam diferentes (R$ 500,00 e R$ 200,00, respectivamente), o percentual é o mesmo. À medida que a renda for aumentando, pode-se manter o percentual igual, mas o valor também irá aumentar já que a renda aumentou.
Cada casal, em sua constituição, sabe a realidade que o outro estava antes do casamento. Ninguém casa enganado em termos financeiros. Ter a consciência financeira de onde se está e para onde se vai é o primeiro passo para o sucesso do casal. E isso serve para todas as áreas.
Não se iludam que o amor tudo supera! Esse é o estado de sublimação, o mundo ideal do amor; entretanto a história comprova que poucos casais se sustentam só com o amor. Desejar esse ponto máximo de entrega no casamento é legítimo, mas não se coloquem à prova se possuem condições de agir com prudência e mitigar os riscos.
Casem-se com a consciência do hoje! Tenham os dois pés ficados na realidade e deixem os sonhos fluírem de forma serena e forte sobre pilares bem construídos.
Ninguém é estático; nem mesmo o que é sólido como uma pedra o é. Somos seres dinâmicos e mutáveis. À medida que os anos passam, os cônjuges se transformam e a família também. Para acompanhar as mudanças do núcleo familiar, faz-se necessário que o orçamento doméstico seja revisado de tempos em tempos.
Mirar no alto, ajustar para o horizonte. Em situações de fartura, invistam muito; 20 a 30% da renda bruta. Em tempos de baixa liquidez, invistam de 5 a 10%. Mas não deixem de investir. É só ajustar as velas durante a viagem da vida.
Orçamento doméstico familiar não é sobre intensidade, é sobre constância.
Tenham uma boa sexta-feira e um excelente fim de semana.
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