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Entenda o que é a taxa Selic e como ela impacta a sua vida

Veja o impacto nos empréstimos e financiamentos, além de como ela influencia nos investimentos e no controle da inflação

Vitória
Publicado em 25/06/2024 às 08h46

A taxa Selic, sigla para Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela é uma peça central na política monetária do país e exerce um papel fundamental no seu dia a dia, mesmo que você não perceba. Mas, afinal, como essa taxa influencia a vida de milhões de brasileiros?

A Selic é a taxa de juros usada pelo Banco Central do Brasil para influenciar todas as outras taxas de juros no país. Essa taxa é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em reuniões periódicas e serve como referência para o custo do crédito e o rendimento dos investimentos.

Taxa Selic
A Selic foi mantida em 10,5% ao ano, interrompendo um ciclo de cortes . Crédito: Shutterstock

Impacto no consumo e crédito

Quando a Selic está alta, o custo dos empréstimos e financiamentos sobe. Isso significa que, ao comprar um carro, casa ou até mesmo ao utilizar o cartão de crédito, você pagará mais juros. Por outro lado, uma Selic alta pode desestimular o consumo, pois as pessoas tendem a adiar compras que podem ser financiadas a juros elevados.

Em contrapartida, quando a Selic é reduzida, o crédito se torna mais barato. Imagine que você está pensando em comprar um carro novo. Com a Selic mais baixa, os financiamentos têm juros menores, o que torna as prestações mais acessíveis. Isso estimula as pessoas a tomar empréstimos, aumentando o consumo e movimentando a economia.

Influência nos investimentos

A Selic também afeta diretamente os investimentos, especialmente aqueles de renda fixa, como títulos públicos, CDBs e a poupança. Quando a taxa está alta, esses investimentos tendem a oferecer retornos mais atrativos. Por exemplo, o Tesouro Selic, um título público, paga rendimentos diretamente ligados à taxa Selic.

Com a Selic em alta, o retorno desses investimentos sobe, tornando-os mais interessantes para quem busca segurança e rentabilidade. Entretanto, quando a Selic cai, o rendimento dos investimentos em renda fixa diminui, o que pode levar investidores a buscar alternativas com maior potencial de retorno, como a bolsa de valores.

Controle da Inflação

O Banco Central utiliza a Selic como uma ferramenta para controlar a inflação. Quando a inflação está alta, o Banco Central pode aumentar a Selic para desestimular o consumo e, assim, conter a alta dos preços. Em um cenário de inflação controlada, o Banco Central pode reduzir a Selic para estimular a economia.

Implicações na Economia

Uma Selic alta tende a desacelerar a economia, pois o crédito caro desestimula investimentos e consumo. Em contrapartida, uma Selic baixa pode aquecer a economia, incentivando empresas a tomar empréstimos para expandir seus negócios e consumidores a gastar mais. No entanto, a redução da Selic precisa ser feita com cautela para não gerar pressão inflacionária.

A Decisão do Copom

A taxa Selic é definida nas reuniões do Copom, composto por diretores do Banco Central. Eles analisam uma série de fatores econômicos, como inflação, crescimento econômico e cenário global, para determinar o nível adequado da taxa. Recentemente, o Copom decidiu manter a Selic em 10,5% ao ano, interrompendo um ciclo de cortes devido às incertezas econômicas e expectativas de inflação desancoradas.

Conclusão

A taxa Selic é mais do que um indicador financeiro; ela é uma ferramenta que afeta diretamente o seu bolso e a economia como um todo. Desde o custo dos empréstimos até o rendimento das suas aplicações financeiras, a Selic está presente em diversos aspectos da sua vida. Entender como ela funciona pode ajudar você a tomar decisões financeiras melhores e a se preparar para as oscilações da economia.

Seja você um consumidor que busca um financiamento mais barato ou um investidor que procura o melhor rendimento, acompanhar a taxa Selic é fundamental. Fique atento às decisões do Copom e às tendências econômicas para otimizar suas finanças pessoais e aproveitar as oportunidades que surgem em diferentes cenários econômicos

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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