Esta semana começa com dois eventos bem relevantes para as expectativas tanto do mercado quanto dos investidores. Ambos vão ocorrer nesta terça-feira (9). O primeiro trata-se da divulgação da Ata da 249ª reunião do Comitê de Política Monetário (Copom), realizado na semana passada, cuja Selic – taxa básica de juros – atingiu 13,75% ao ano.
O segundo evento parte do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com o anúncio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho. A respeito disso, ao que tudo indica a redução dos impostos sobre combustíveis e energia vai provocar a primeira deflação mensal no IPCA desde a retração de 0,38% registrada pelo índice em maio de 2020.
Os indicadores de prazo mais curto confirmam essa tendência. Na manhã desta segunda-feira, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou uma deflação de 1,13% medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) na primeira quadrissemana de agosto. A inflação acumulada em 12 meses recuou para 6,02% ante 7,8% na semana anterior.
As principais quedas de preços estiveram no grupo Transportes. Os preços das passagens aéreas recuaram 25,75%, após terem caído 19,81% na semana anterior. Já os preços da gasolina baixaram 16,62%, depois de uma queda de 14,24% no levantamento da semana passada. E as tarifas de eletricidade residencial recuaram 5,13%, após terem baixado 3,81% na edição anterior do IPC-S.
Nesses pouco mais de dois anos, o IPCA subiu pressionado pelas altas sistemáticas dos preços dos combustíveis e da energia, além dos preços dos alimentos. Agora, a redução pontual dos impostos sobre esses itens fez os preços baixarem. Ainda não houve uma alteração significativa das expectativas expressas no Relatório Focus e a grande incógnita é se o efeito dessa alteração tributária será duradouro.
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