Esta semana será marcada pela divulgação de dados de emprego nos Estado Unidos. O anúncio de geração de vagas é importante porque servirá de lastro para as próximas decisões do Federal Open Market Committee (FOMC), uma espécie de Copom americano.
Dado que a indefinição sobre a Política Monetária é um vetor a ser considerado, vale lembrar que a Autoridade Monetária americana vem contando com a descompressão do mercado de trabalho para que, por meio dos salários, torne-se viável a desinflação em sua economia.
Atualmente, ainda há algo no entorno de 1,8 vagas abertas nos EUA para cada desempregado, o que traduz como a oferta de mão de obra vem operando sob restrição.
Em que pese alardeadas notícias de revisão nas contratações em grandes e relevantes empresas de relevantes setores, como tecnologia, representadas por Apple, Microsoft, Meta, Tesla e afins, é preciso lembrar que o massivo peso destas empresas nos índices da bolsa não serve como proxy fiel de sua participação nas contratações e empregos no mercado de trabalho americano de modo mais abrangente, que concentra maiores admissões e estoque de vagas nos setores de saúde, educação e comércio.
O comércio, apesar de sondagens de confiança acusarem menor otimismo com as condições atuais, ainda guarda dados em linha com a tendência que se observava antes da pandemia, demonstrando, portanto, resiliência e dinamismo.
A divulgação do dado de agosto é especialmente importante porque deverá servir de fiel da balança para a política monetária praticada pelo Federal Reserve (FED), de quem a economia mundial segue refém e em compasso de espera.
As fortes indicações do FED de que vê no mercado de trabalho relevante fonte de descompressão inflacionária condicionam a condução da Política Monetária à divulgação e das bolsas globais. Neste sentido, ecoando o testemunhado na última semana, em aguardo a Jackson Hole, as bolsas deverão passar por momento de aversão ao risco.
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