A edição mais recente do Relatório Focus, divulgada pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (12/9), mostra a 11ª queda consecutiva nas expectativas de inflação para este ano. O IPCA previsto para 2022 recuou para 6,40% ante 6,61% da edição anterior e 7,02% há quatro semanas.
Pela quarta semana seguida, a inflação prevista para 2023 também caiu, mas em menor proporção. O IPCA esperado para o ano que vem recuou para 5,17%, ante 5,27% da semana anterior e 5,38% há quatro semanas. A projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano avançou para 2,39%, ante 2% há quatro semanas.
JUROS REAGEM A IPCA, MAS ACABAM CEDENDO
Os juros futuros terminaram a semana em queda, acompanhando o movimento favorável à tomada de risco nos mercados internacionais. No início do dia, as taxas estavam em alta — em reação ao IPCA de agosto acima do esperado —, mas arrefeceram no decorrer da tarde.
O IPCA de agosto registrou deflação de 0,36%, segundo mês consecutivo de retração (-0,68% em julho) e a menor taxa para o mês desde 1998. A inflação acumulada em 12 meses caiu de 10,07% em julho para 8,73% em agosto — o menor desde junho do ano passado — e saiu da casa dos dois dígitos, patamar no qual se encontrava há um ano.
AGENDA DA SEMANA
Nesta semana, os destaques continuam sendo inflação e os rumos de política monetária global. Teremos as divulgações de inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) nos EUA referentes a agosto, bem como da inflação ao consumidor na Zona do Euro de agosto. Além disso, o Banco da Inglaterra anunciará decisão sobre sua taxa de juros. Por fim, haverá publicação de diversos indicadores de atividade na Europa, China e EUA.
No Brasil, as atenções estarão voltadas para a divulgação de indicadores de atividade econômica: vendas no comércio varejista; receitas do setor de serviços; e IBC-Br, proxy mensal do PIB calculada pelo Banco Central.
Os números darão uma indicação importante se a retomada forte da economia vista na primeira metade do ano continuou no início do segundo semestre.
Este vídeo pode te interessar
LEIA MAIS SOBRE DINHEIRO
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.