Com que idade posso começar a falar sobre dinheiro com o meu filho? Como abordar esse assunto? Muitas vezes, falar de dinheiro é um tabu e há muitas dúvidas sobre como educar financeiramente as crianças.
Ensinar as crianças a ter um relacionamento saudável com o dinheiro é fundamental e determinante para que se tornem adultos conscientes financeiramente, pois é na infância que aprendemos valores que levamos por toda a vida.
Não existe uma fórmula mágica! É importante que as crianças participem do orçamento da casa, entendam a importância do trabalho e saibam quando é possível comprar e quando é necessário economizar.
Não se trata de apenas acumular dinheiro ou saber fazer contas, mas sim de utilizá-lo de forma consciente, de acordo com cada realidade financeira.
Confira 3 dicas para iniciar a educação financeira com as crianças:
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01
Inclua o tema nas brincadeiras
Brincar é uma das melhores maneiras das crianças aprenderem. Portanto, incluir a abordagem sobre finanças nesses momentos pode ser bastante efetivo. É possível utilizar brinquedos como uma caixa registradora e utilizar notas de dinheiro e cartões fictícios. Outra opção é usar o lúdico por meio de brincadeiras simulando um supermercado ou uma loja, explorando ações de compra e venda, definir os preços para os itens e utilizar notas que podem ser confeccionadas por vocês, durante a brincadeira. Para crianças maiores, jogos de tabuleiro como Banco Imobiliário ou Jogo da Vida também são ótimas oportunidades para aprender conceitos financeiros de forma leve, enquanto se divertem.
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02
Envolva a criança em pequenas decisões financeiras
Convide seu filho para participar de uma decisão financeira. A ida ao supermercado pode ser uma oportunidade de aprendizado: durante as compras, você pode definir um valor e pedir para que a criança te ajude na escolha de alguns itens. Além de demonstrar que é preciso selecionar os itens para não ultrapassar o valor definido, seu filho se sentirá importante em fazer parte de todo esse processo. Também vale a pena envolver as crianças na escolha e no pagamento de presentes de aniversário, por exemplo.
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03
Ensine sobre poupar e utilize a mesada para isso
Muitas vezes, a mesada é o primeiro contato real das crianças com o dinheiro e pode ser uma estratégia educativa pois, ao ter a sua própria grana, a criança começa a entender, na prática, o seu valor. Crianças muito pequenas ainda não estão preparadas para lidar com o dinheiro. Por isso, especialistas indicam que a partir dos 6 anos a mesada já pode ser introduzida, de preferência com periodicidade semanal, pois nessa faixa etária as crianças ainda não possuem total noção de tempo. A partir dos 9 anos, a periodicidade já pode ser alterada para quinzenal e, com 12, para mesada mensal. Cabe à cada família definir o montante ideal que se adeque ao orçamento, sem excessos e observando as necessidades de cada idade. E caso você opte pela mesada, cumpra a frequência, a data e a quantia combinadas, para que a criança possa planejar seus gastos, se organizar e ter controle do seu orçamento.
Mais importante do que dar mesada, é auxiliar a criança na organização dos gastos e definição de prioridades. Ela deve ficar livre para decidir o destino do dinheiro, porém você pode mostrar para a criança que se ela conseguir poupar uma parte por certo tempo, poderá utilizá-lo para comprar coisas de maior valor posteriormente.
Por fim, tenha a consciência de que as crianças se espelham nos adultos e, por isso, é necessário dar exemplo aos filhos.
É importante que as crianças percebam o uso do dinheiro com consciência no ambiente familiar para que as chances de aprendizado aumentem e se tornem adultos conscientes financeiramente.
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