Além da Copa do Mundo e das confraternizações de final de ano, novembro e dezembro são meses de recebimento de renda extra: o pagamento do tão esperado 13º salário pelos trabalhadores com carteira assinada.
Também conhecido como Gratificação de Natal, o 13º salário é um benefício garantido pela Lei n° 4.749, que assegura ao trabalhador a remuneração de 1/12 a cada mês trabalhado, do seu salário no ano correspondente.
O prazo para as empresas pagarem a primeira parcela do 13º salário termina na quarta-feira, dia 30 de novembro, quando deve ser feito o pagamento de, no mínimo, 50% do valor a que tem direito. Já a segunda parcela tem como data limite 20 de dezembro.
Além dos empregados registrados pela CLT que trabalharam pelo menos 15 dias no ano e não tenham sido demitidos por justa causa, também têm direito ao 13º salário os aposentados e pensionistas do INSS e assalariados afastados por doença, licença-maternidade e alguns outros casos.
Essa grana extra é uma ótima oportunidade para organizar a vida financeira, colocar as contas em dia com o pagamento de dívidas, constituir reserva de emergência e até mesmo investir parte desse dinheiro.
De acordo com levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas, em outubro deste ano:
- 36% dos trabalhadores pretendem comprar presentes de Natal;
- 29% pretendem economizar e investir;
- 22% pensam gastar nas comemorações de Natal ou Ano Novo;
- 21% querem comprar produtos que tinham vontade;
- Apenas 17% afirmam que vão usar o dinheiro para pagar dívidas em atraso.
Nesse contexto, é importante ficar atento aos gastos e estabelecer prioridades antes de definir sobre a destinação do 13º salário. É imprescindível lembrar dos gastos extras que normalmente ocorrem em janeiro, como IPTU, IPVA, renovação de matrícula e compra de material escolar para as crianças.
E caso seu planejamento financeiro esteja em dia, avalie sua reserva de emergência e separe uma parte do 13º para investir.
Fique atento e saiba como utilizar essa grana extra com eficiência:
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01
Coloque as contas em dia
Se você está com alguma conta atrasada, utilize esse dinheiro extra para quitar esse débito. Busque renegociar com o credor e priorize o pagamento de dívidas mais caras, como as dos cartões de crédito e as do cheque especial.
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02
Lembre-se dos gastos extras
Revise os seus gastos, coloque tudo no papel e lembre-se de considerar os gastos extras que normalmente acontecem em dezembro e janeiro, como despesas com as festas de final de ano, além de IPTU, IPVA, renovação de matrícula da faculdade e compra de material escolar para as crianças. Se for necessário, reserve parte da gratificação para esses gastos e, assim, começar o ano no azul.
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03
Comece a sua reserva de emergência
Se as contas estão em dia, mas você ainda não possui reserva de emergência, essa é uma ótima oportunidade para começar e garantir uma reserva financeira para utilizar em imprevistos. Você também pode usar o 13º para reconstituir sua reserva de emergência, caso a tenha usado durante o ano.
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04
Invista parte do 13º salário
Caso sua reserva de emergência esteja garantida, você pode investir sua grana extra. Defina seus objetivos e, para começar, busque investimentos de menor risco e alta liquidez, como aplicações de Renda Fixa e CDB de liquidez diária. Outra opção interessante é o Tesouro Direto, títulos públicos garantidos pelo Governo Federal.
Realizar um planejamento financeiro requer disciplina e organização. Se você ainda não começou, esse período é uma excelente oportunidade para dar o pontapé inicial para adotar novos hábitos, cuidar melhor do seu dinheiro e começar o ano com as finanças em dia.
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