Que o Pix já se tornou essencial do dia a dia dos brasileiros, facilitando as transações no dia a dia, não há dúvidas. Exemplo disso é que, no último dia 5 de julho, o Pix bateu recorde de transações em um mesmo dia: 224,2 milhões de operações.
Mas, a praticidade desse meio de pagamento trouxe consigo novos golpes, por isso, é importante ficar atento. A mais nova modalidade de golpe é o “Pix errado”, que se destaca por explorar a boa-fé das pessoas.
Como funciona?
Imagine receber um Pix inesperado e, logo em seguida, chegar uma mensagem: "Ops, enviei por engano! Pode me devolver?". A vítima, prestativa, faz a devolução, mas o "erro" era proposital.
Nesse golpe, os criminosos visam reaver duplamente o valor transferido. Para isso, contam com a boa-fé da vítima, com quem fazem contato pedindo a devolução do Pix enviado “por engano”. Ao pedir a devolução, o golpista informa uma terceira conta, diferente da conta de onde a transferência se originou e, na sequência, solicita o estorno do “Pix errado” pelo MED — Mecanismo Especial de Devolução de Pix, criado pelo Banco Central para facilitar as devoluções em caso de fraudes.
O sucesso desse golpe se dá pela devolução do Pix ocorrer em uma conta distinta daquela que fez a transferência inicialmente, descaracterizando uma devolução. Isso porque, quando os bancos envolvidos analisam esse pedido de devolução pelo MED, percebem que houve a passagem do dinheiro por três contas diferentes, cenário característico de triangulação de valores de fraude.
Dessa forma, pelo MED, ocorre a retirada forçada do dinheiro do saldo da pessoa enganada e o golpista, que já tinha recebido o dinheiro de volta voluntariamente, consegue mais uma devolução, em prejuízo da vítima.
O que fazer se você recebeu um Pix errado?
Para realizar a devolução de um Pix recebido por engano, o procedimento adequado é usar o botão “Devolver”, que fica disponível ao consultar o Pix recebido no aplicativo do seu banco.
Essa opção garante que a devolução do Pix ocorrerá para a conta que originou a transferência, registrando que o dinheiro voltou para a conta que de fato fez o Pix. Essa ação desconfigura uma tentativa de fraude e não seria considerado irregular, caso o golpista acione o MED.
O que fazer se você caiu no golpe?
Se você caiu no golpe, entre em contato com seu banco imediatamente, informando que você foi vítima. Reúna provas, como prints da conversa, comprovantes de transferência e outros documentos relevantes e registre um Boletim de Ocorrência:
Mais dicas de segurança
Embora o Banco Central venha adotando uma série de medidas de segurança para o Pix, é importante sempre estar atento para evitar cair em golpes:
- Desconfie de mensagens recebidas de números desconhecidos;
- Observe sempre o nome e CPF na chave Pix antes de transferir;
- Realize a devolução de qualquer Pix utilizando a botão “Devolver” no seu aplicativo bancário;
- Desconfie de histórias mirabolantes e pressa para que você devolva o dinheiro;
- Em caso de dúvida, entre em contato com seu banco para verificar a transação e se não existem Relatos de Infração abertos para a ela, antes de devolver.
Com conhecimento e medidas preventivas, você previne dores de cabeça e garante a segurança do seu bolso.
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