As dívidas aumentaram? O salário termina antes do fim do mês e você começou a passar aperto financeiro? Se recorrer à reserva financeira não é uma opção, é inevitável atrasar alguns pagamentos e ficar inadimplente.
Essa é a realidade de muitos brasileiros. De acordo com o Mapa da Inadimplência no Brasil, realizado pela Serasa, 65,69 milhões de brasileiros estavam inadimplentes em março deste ano, o maior número desde 2020, com uma representatividade de 40,74% da população adulta no país.
As principais dívidas são relacionadas a cartão de crédito, representando 28,17%, seguida de contas básicas, como água, luz e telefone, com 23,21% das inadimplências.
O aumento da inadimplência está relacionado diretamente ao encarecimento do crédito, com o aumento da taxa de juros Selic, além da fragilidade apontada no mercado de trabalho. Mas também passa pela falta de educação financeira e de planejamento financeiro.
Portanto, se você possui dívidas em atraso e quer sair do vermelho, o primeiro passo é se organizar. É importante que você relacione suas dívidas e faça uma lista de tudo o que você deve, pois isso facilita uma visão mais abrangente de todas as suas dívidas.
O próximo passo é priorizar o essencial, cortar gastos supérfluos e procurar seus credores para renegociar. A renegociação de dívidas é uma das melhores formas de se planejar para sair da inadimplência. Nesse caso, é importante calcular o valor limite que você pode negociar para assumir um compromisso que caiba no seu bolso.
Aproveite os feirões de renegociação que são promovidos pelos bancos, pelos Procons municipais e outras instituições e procure obter descontos, abatimentos e até isenção total dos juros, além de parcelar o pagamento da dívida.
Nos casos em que você tentou negociar e não conseguiu um acordo favorável ou quando a dívida tem taxa de juros mais altas, contratar um empréstimo pode ser uma alternativa.
Caso você tenha a proposta de ter desconto ao quitar o total da dívida, também pode ser interessante levantar essa grana em um empréstimo para obter esse benefício. Porém, é fundamental avaliar se os juros são menores do que o desconto.
Ao decidir pelo empréstimo para quitar dívidas com juros maiores, é necessário ter atenção:
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01
Compare o juros da dívida e do empréstimo
Analise e compare os juros para garantir que os juros do empréstimo são menores que os da dívida, pois só nesse caso vale a pena pedir um empréstimo. Os juros do cartão de crédito, por exemplo, podem chegar a mais de 500% ao ano. Esse é um tipo de dívida que pode valer a pena fazer um empréstimo com juros menores.
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02
Avalie o custo efetivo total do empréstimo (CET)
O custo efetivo total (CET) é composto pela taxa de juros nominal, além de outros custos embutidos no empréstimo, como taxas de análise de crédito, tarifa de abertura de cadastro, taxas administrativas, seguros, IOF (imposto sobre operação financeira), dentre outros. A taxa de juros nominal normalmente não contempla todos esses custos, por isso pode se apresentar mais atrativa, mas o que importa é o CET, fique atento a ele.
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03
Realize simulações
Ao contratar um empréstimo, é sempre importante realizar simulações e analisar os juros, os encargos, a quantidade de parcelas e o valor da prestação mensal, que deve ser compatível com seu planejamento financeiro e não ultrapassar um terço do seu salário.
Cuidar da sua saúde financeira, além de proporcionar mais qualidade de vida e evitar o acúmulo de novas dívidas, contribui para que você mantenha seu nome limpo no mercado, melhora sua relação com as instituições financeiras e facilita a aprovação de novos créditos, quando necessário.
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