Nas corretoras e bancos que prestam serviços voltados para investidores, é comum que haja segmentação de atendimento, desde os investidores iniciantes até os grandes investidores. O Private Banking é o degrau máximo desta segmentação para as pessoas físicas.
É um tipo de serviço pouco divulgado e geralmente guardado a sete chaves, não só pela importância estratégica mas também pela necessidade de discrição e sigilo que envolvem esta atividade.
Existe pouca propaganda do serviço de Private Banking na grande mídia, também não costuma haver muitas informações a respeito em sites ou em buscadores na internet. A palavra Private nos mostra o conceito central: significa privado em inglês, no sentido de algo que não é público.
A Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros), que representa as instituições do mercado de capitais brasileiro, estabelece que o cliente Private é aquele que tenha capacidade financeira de pelo menos 3 milhões de reais. No mercado internacional, o conceito mais aceito em termos de capacidade é de 1 milhão de dólares. De fato, não é correto que um serviço se declare Private mas se destine a clientes com menos de 3 milhões de reais, o que acaba banalizando o bom uso deste termo.
No Brasil, ainda há dois pontos de corte que são importantes para o acesso a produtos exclusivos para o segmento: o Investidor Qualificado (que precisa ter capacidade de 1 milhão de reais para se declarar desta forma), e o Investidor Profissional (neste caso a capacidade precisa ser de pelo menos 10 milhões de reais).
Neste último degrau, o investidor aceita ser tratado no mesmo nível de instituições financeiras, gestoras e grandes empresas, e abre mão de determinadas camadas de proteção ao investidor. Em contrapartida, pode acessar ativos e produtos que podem ser, em alguns casos, exclusivos para os investidores institucionais.
De acordo com as normas da Anbima, é permitido que seja agregado ao atendimento Private a proposta de produtos e serviços exclusivos, planejamento financeiro, fiscal, sucessório e tributário, de previdência e seguros, necessidades que são comuns neste segmento.
Existe ainda uma determinação para que as instituições tenham dentro do atendimento Private pelo menos 75% de profissionais que detenham a certificação internacional CFP (Certified Financial Planner), de planejador financeiro. É obrigatória a presença de um Estrategista de Investimentos certificado e de um Economista responsável.
Espera-se, portanto, que dentro deste segmento o investidor experimente um atendimento de excelência, alto grau de personalização, ampla gama de serviços oferecidos, oferta de produtos exclusivos e oferecido por profissionais certificados.
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