Depois que o investidor define seus objetivos e metas pessoais, e entende e observa seu perfil de tolerância à risco, ele precisa começar a projetar e escolher onde alocar os seus recursos. E é nessa hora que surge a regra de ouro na montagem de portfólios de investimentos: não colocar todos os ovos em uma cesta só, ou seja, diversificar.
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Para o investidor conservador, que prioriza a Renda Fixa, diversificação é importante principalmente para diluir a concentração dos emissores de títulos. Para exemplificar, é melhor alocar em diversos CDB/LCA/LCIs de bancos diferentes do que em um só de apenas um banco.
Precisamos, neste caso, lembrar que o risco destes títulos está ligado à capacidade do banco de honrá-los, portanto existe um risco de crédito a que estamos sujeitos. Diluir os emissores significa diminuir consideravelmente este risco.
Também é possível diversificar, na Renda Fixa, entre diferentes índices, sejam pós-fixados, prefixados, ou atrelados à inflação, e dessa forma obter um retorno mais consistente no médio e longo prazo, sempre observando o perfil do investidor.
No caso de clientes mais arrojados, a diversificação, conforme observa a Teoria da Carteira de Markowitz, pode agir anulando parcialmente a volatilidade total da carteira, através da descorrelação de investimentos. Um exemplo prático: o Ibovespa tem, historicamente, uma volatilidade em torno de 20% ou mais em 12 meses. Este índice é composto por dezenas de ações. Mas, se observarmos a volatilidade isolada de uma ação específica que faça parte do índice Ibovespa, ela pode superar em muito os 20%, chegando até a 30, 40% ou mais, em 12 meses.
Ou seja, uma única ação será, via de regra, muito mais volátil do que um conjunto de ações. Portanto, a diversificação neste caso age possibilitando que o investidor tenha uma exposição à uma posição menos volátil, no seu conjunto, não necessariamente perdendo em termos de retorno ou rentabilidade.
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