Selic em queda e na casa de 8% a 9% ao ano e retornos decrescentes na renda fixa. Essa era a expectativa geral de mercado há exatamente um ano. Ao contrário de 2024, o ano de 2025 começa com chances de maiores retornos para o investidor conservador.
O consenso na virada de 2023/2024 era que a Selic cairia durante 2024 e terminaria o período por volta de 9% em dezembro. No entanto, nada disso ocorreu, as apostas nesse sentido deram errado e em meados de 2024 a curva da Selic inverteu e está atualmente em 12,25% ao ano.
Agora, as apostas são que teremos um ano de Selic para cima, podendo fechar 2025 a 15% ao ano, de acordo com o último Boletim Focus do Banco Central (publicado em 13 de janeiro).
Se por um lado juros reais elevados esgarçam a atividade produtiva e diminuem o acesso ao crédito em geral, na prática, o investidor conservador e que não admite volatilidade na carteira começa o ano ganhando mais.
Cada cabeça, uma sentença; cada bolso, uma carteira diferente. Mas o básico da alocação em renda fixa costuma contemplar títulos públicos, produtos de emissão bancária (CDB, LCI, LCA) e alguns fundos de liquidez rápida. Todos eles são beneficiados com a Selic em alta, e, se no início de 2024, o parâmetro de 1% ao mês se tornava mais distante, agora volta a ser um alvo cômodo em certa medida para carteiras cuja entrega média seja equivalente a 100% do CDI.
Mas pode-se ir além disso. Embora a Selic em alta sustente a ideia do “almoço grátis” no mercado, recomenda-se adequar corretamente a disponibilidade/liquidez, de modo a obter retornos ainda melhores, mesmo dentro da renda fixa tradicional. Esse pequeno ajuste tem benefícios diretos, como já destacamos.
No mesmo sentido, a diversificação de ativos continua sendo a formulação elementar para obtenção de melhores resultados no longo prazo, eis que é impossível prever, de fato, qual serão os investimentos de melhor performance futura, razão pela qual dividir a carteira em partes permite receber um pedaço dos resultados que virão.
Uma observação final: poupança não acompanha a Selic ou o CDI. Logo, o fato de estarmos em um horizonte de juros maiores não ajudará em nada a combalida Caderneta, que ficará ainda mais defasada frente a outros investimentos. Converse no seu próprio banco de modo a obter alternativas melhores para seu dinheiro, sem que tenha que se arriscar mais por isso!
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